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terça-feira, 21/10/2025

Homem ligado ao PCC vive em carro e passou 15 anos preso na Papuda

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Em Brasília

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) identificou o responsável pelas pichações relacionadas à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) que apareceram nas entrequadras 202 e 203 Sul na madrugada da segunda-feira (20/10).

O indivíduo, conhecido como o “Pichador do PCC”, é um homem em situação de rua que reside dentro de um carro estacionado na área.

Ele foi autuado por dano ao patrimônio público e assinou um termo circunstanciado por crimes de menor potencial ofensivo. Logo após, foi liberado pelas autoridades e retornou para a região onde normalmente fica.

A investigação da coluna Na Mira revelou que o homem é um dos chamados “cadeeiros”, por possuir uma extensa ficha criminal e ser um velho conhecido do sistema penal do Distrito Federal.

O homem cumpriu mais de 15 anos de prisão no Complexo Penitenciário da Papuda por diversos crimes graves.

Algumas das condenações incluem:

  • 2 anos de prisão por porte ilegal de arma;
  • 8 anos por roubo;
  • 15 anos por roubo à mão armada em 2009;
  • 6 anos por tráfico de drogas em 2018;
  • 2 meses por furto.

Depois de sair do sistema prisional, o suspeito começou a viver em situação de rua, morando em um veículo abandonado.

Significados das pichações

As inscrições encontradas nas calçadas e muros da Asa Sul — “PCC DNN 1533 1021” — assustaram os moradores nas primeiras horas da manhã.

O conjunto de letras e números está amplamente associado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital, fundada em São Paulo na década de 1990.

Entenda o significado das inscrições:

  • PCC: Primeiro Comando da Capital;
  • DNN: Disciplina, Norma e Neutralidade — princípios internos da facção;
  • 1533: código numérico que representa “PCC” (15 = P, 3 = C, 3 = C);
  • 1021: referência à palavra “Justiça” (10 = J, 21 = U), lema simbólico do grupo.

Ambiente de apreensão

As quadras 202 e 203 Sul, conhecidas pela tranquilidade e pelo ambiente familiar, ficaram tensas na manhã da segunda-feira. As pichações apareceram em calçadas e áreas de lazer frequentadas por crianças.

Uma moradora, que preferiu não se identificar, relatou: “Apareceram essas inscrições nas nossas entrequadras e ninguém entendeu como isso surgiu por aqui. Ficamos apreensivos, pensando se estaria relacionado a atividades criminosas.”

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