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sábado, 20/12/2025

Homem espera 2 horas no avião em escala em São Paulo

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Fabíola Perez
UOL/FOLHAPRESS

O advogado Pedro Brum, 33 anos, viajava de Salvador a Florianópolis, mas enfrentou problemas durante uma escala em São Paulo em um dia complicado.

Pedro, sua companheira e um casal de amigos estavam voltando de uma viagem de 10 dias em Salvador, Bahia. “Chegamos no aeroporto de Congonhas às 17h para embarcar às 19h”, conta.

O embarque só aconteceu às 23h, com atraso de quatro horas. “Entramos no avião entre 23h e meia-noite, quando informaram que a torre de controle fecharia. O comandante explicou que a torre normalmente fecha às 23h, mas naquele dia ficou aberta até meia-noite.”

Durante a espera dentro do avião, por cerca de duas horas, os quatro permaneceram sem informações claras. Só conseguiram sair do aeroporto às 3h. “Foi uma situação ruim, a incerteza e a falta de comunicação entre aeroporto, torre e comandante foram frustrantes, e perdemos muito tempo.”

O comandante informou que não havia espaço para estacionar a aeronave. “Tentamos achar hotel para passar a noite e conseguimos no centro de São Paulo, na Santa Ifigênia”, relata Pedro. “O atraso afetou nosso trabalho e ainda era aniversário da minha companheira.”

A média de espera por informações era de cinco horas. A comunicação só ocorreu na noite anterior quando o voo não decolou. “Nenhum funcionário estava presente no aeroporto, que estava fechado, e não havia energia para carregar celulares.”

Pedro critica a falta de atenção ao consumidor. “Havia um só funcionário para atender os passageiros remarcando voos, formando filas de cinco horas com crianças e adultos.” Na manhã seguinte, ainda não tinham notícias sobre se conseguiriam embarcar.

Eles planejavam voltar ao trabalho naquele dia após as férias em Salvador. “Estamos pensando em alugar carro ou pegar ônibus para tentar chegar, apesar da viagem longa de 12 a 13 horas.”

Voos cancelados

No aeroporto de Congonhas, 46 voos foram cancelados na manhã de quinta-feira (11). A Aena, que administra o aeroporto, informou que o local permanece aberto para pousos e decolagens. O cancelamento ocorreu por causa dos ventos fortes com rajadas acima de 90 km/h e ajustes na malha aérea.

No aeroporto de Guarulhos, 15 voos foram cancelados na mesma manhã. Os ventos fortes deixaram mais de 2 milhões de imóveis sem energia, além da queda de mais de 300 árvores e fechamento de parques na Grande São Paulo. A concessionária orientou passageiros a confirmar seus voos com as companhias aéreas.

Em dois dias, mais de 200 voos foram cancelados. Só em Congonhas, no dia anterior, 88 chegadas e 93 partidas foram interrompidas. A administração de Guarulhos ainda vai divulgar um balanço detalhado.

Os cancelamentos continuam por causa dos ventos fortes, que segundo a Defesa Civil, chegaram a 96,3 km/h em Congonhas e 77,8 km/h em Guarulhos.

Os ventos são resultado da formação de um ciclone no Sul, que causou chuva intensa, ventos fortes, raios e granizo na região centro-sul do país.

A partir de quinta-feira, o ciclone começa a se afastar da região de São Paulo, diminuindo o risco de tempestades. Porém, ainda poderão ocorrer rajadas isoladas em áreas como Campinas, Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Vale do Paraíba.

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