Aproveitando-se da condição de pai adotivo, o agressor, para manter o silêncio da vítima, a ameaçava de devolvê-la, junto aos irmãos menores, também adotados, ao abrigo de onde vieram
Na tarde de terça-feira (3/9), a 11ª Delegacia de Polícia (DP) do Núcleo Bandeirante, por meio da Seção de Atendimento a Mulher, realizou a Operação Guardiã, para prender um homem acusado de estuprar a filha adotiva.
As investigações iniciaram em 29 de agosto deste ano, quando a adolescente, de 15 anos, decidiu revelar à mãe adotiva os abusos sexuais que vinha sofrendo do pai, também adotivo, desde os 13 anos. Os crimes ocorriam sempre na ausência da mulher, especialmente quanto ela estava no trabalho, conforme foi apurado.
Para manter o silêncio da vítima, o abusador aproveitava-se da condição de pai adotivo para ameaçar devolvê-lá ao abrigo, junto aos irmãos menores, também adotados, condição considerada tortura psicológica pelos agentes responsáveis pela investigação.
Não suportando mais o sofrimento, que perdurou por quase dois anos, a adolescente decidiu revelar para mãe os abusos sexuais que ocorriam dentro de casa. Adotadas as providências investigativas, cumpriu-se o mandado de prisão preventiva do agressor.
O nome dado à operação tem relação com a finalidade de proteção da integridade física da adolescente e de seus irmãos menores de idade. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) destaca a importância das denúncias de abusos sexuais e reforça a importância das mulheres vítimas desse tipo de crime de procurarem uma delegacia para relatarem o ocorrido.