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quinta-feira, 04/12/2025

Homem é preso por aplicar golpe em mulheres usando identidade falsa de The Rock

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Imagens revelam a prisão de Honore Ode, 32 anos, natural do Benim (África) e morador de Florianópolis (SC), no momento em que policiais civis da 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) o detêm durante a operação “The Rock”. Ele não reagiu à prisão na quinta-feira (4/12).

A ação cumpriu um mandado de prisão preventiva e dois mandados de busca em Florianópolis e Itajaí, com o apoio da Polícia Civil de Santa Catarina.

Foram apreendidos celulares, notebooks e outros aparelhos eletrônicos que teriam sido usados para realizar o golpe. A perícia trabalha agora para identificar novas vítimas e rastrear as movimentações financeiras do esquema.

Honore Ode é acusado de comandar um sofisticado esquema de estelionato virtual que atuava em vários estados do Brasil. Ele é estudante de cinema na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

De acordo com a Polícia Civil, Honore Ode utilizava redes sociais e WhatsApp se fazendo passar pelo famoso ator de Hollywood Dwayne “The Rock” Johnson. Ele atraía principalmente mulheres brasileiras com promessas sedutoras e falsas recompensas internacionais.

Ele iniciava contato com mensagens carinhosas, elogios e conteúdos elaborados, reforçando a falsa identidade do ator e oferecendo prêmios como iPhones e valores que podiam chegar a 800 mil euros, ganhando a confiança das vítimas com atenção constante e perfis profissionais falsos.

O golpe começava quando ele informava à vítima que ela havia sido “sorteada” por seguir o perfil do ator. Após pedir um número pessoal para enviar suposta encomenda, transferia a conversa para o WhatsApp usando um número com DDI de Portugal (+351), dando aparência internacional ao prêmio falso.

Ele enviava um documento fraudulento com logotipos inventados e termos em inglês com cláusulas de segurança, no qual dizia que a vítima poderia registrar reclamação em qualquer delegacia se não recebesse o prêmio, sugerindo aguardar 72 horas antes de procurar autoridades para simular um processo oficial.

Com assinatura falsificada, ele cobrava uma taxa inicial de R$ 2.850,00, alegando ser uma cobrança internacional. Depois, usava mensagens urgentes para exigir pagamentos extras devido a supostos atrasos.

Uma das vítimas, de 49 anos, moradora da Vila Estrutural, foi convencida pela abordagem emocional e pelos documentos falsos, realizando nove transferências via Pix entre 28 de agosto e 15 de setembro de 2025, totalizando R$ 9,78 mil.

Outras vítimas de diferentes estados também relataram perdas financeiras, incluindo uma mulher de Minas Gerais que teve prejuízo de cerca de R$ 80 mil.

Honore Ode responderá por estelionato eletrônico, crime que pode resultar em pena de até 8 anos de prisão.

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