O homem suspeito de esfaquear três mulheres em estações do metrô de Paris é um cidadão do Mali, com 25 anos de idade. O Serviço Regional de Segurança dos Transportes (SRT) iniciou uma investigação por tentativa de assassinato e agressões graves com uso de arma branca. O suspeito foi mantido sob custódia na manhã do sábado, 27 de dezembro. Os incidentes aconteceram na sexta-feira, 26 de dezembro, na linha 3 do metrô.
As câmeras de segurança foram essenciais para identificar o suspeito, que foi capturado às 18h40 (14h40 em Brasília) em Sarcelles, subúrbio a noroeste de Paris, por meio da localização de seu telefone celular, conforme informado pelo Ministério do Interior.
Segundo as investigações preliminares, ele já era conhecido pela polícia por crimes patrimoniais cometidos sob efeito de drogas. O homem estava irregularmente na França e havia sido preso e condenado em janeiro de 2024 por furto qualificado e agressão sexual.
Foi libertado em julho de 2025, passando então a ser alvo de uma ordem de deportação e colocado em centro de detenção administrativa. No entanto, devido à não conclusão da remoção dentro do prazo legal de 90 dias, ele foi liberado para prisão domiciliar, pois não obteve um laissez-passer consular por ausência de documento de identidade válido. Atualmente, um mandado de prisão está em aberto contra ele, segundo comunicado do Ministério do Interior.
As mulheres atacadas sofreram ferimentos leves. Os ataques ocorreram em três estações da mesma linha no centro de Paris durante a tarde, segundo a operadora de transporte público RATP. O primeiro ataque foi às 16h10 na estação Arts et Métiers, seguido de outro na estação République e o último na estação Opéra por volta das 16h45.
Duas vítimas foram hospitalizadas com ferimentos que não ameaçavam suas vidas, enquanto a terceira procurou atendimento por conta própria, conforme relato policial.
Na semana anterior, o ministro do Interior, Laurent Nuñez, solicitou maior vigilância das autoridades de segurança antes das celebrações de Ano Novo, destacando o alto risco terrorista e possibilidade de distúrbios públicos, com atenção especial ao transporte público.
