Rildo Soares dos Santos foi condenado a 41 anos e oito meses de prisão pelo assassinato, estupro, roubo e ocultação do corpo de Elisângela Silva de Souza, de 26 anos, ocorrido em Rio Verde, Goiás, em setembro de 2025.
A polícia aponta Rildo como um suposto serial killer e o investiga por mais de 10 assassinatos em Goiás e Bahia.
Ele recebeu 23 anos e 4 meses de prisão por homicídio qualificado, 1 ano e 8 meses por ocultação de cadáver, 10 anos por estupro e 6 anos e 8 meses por roubo.
A pena será cumprida inicialmente em regime fechado. O juiz da Comarca de Rio Verde, Cláudio Roberto Costa dos Santos Silva, negou liberdade provisória e determinou que o condenado indenize a família de Elisângela com ao menos R$ 100 mil.
O magistrado ressaltou que Rildo é investigado por crimes semelhantes contra pessoas vulneráveis, que eram ameaçadas com armas brancas e levadas para locais isolados, agindo de forma fria e cruel.
A defesa de Rildo, representada por Nylson Schmidt, respeita a decisão e não pretende recorrer. O réu admite os crimes, exceto ocultação de cadáver.
Além deste caso, Rildo será julgado por mais dois homicídios na próxima semana.
Elisângela foi abordada durante a madrugada a caminho do trabalho, ameaçada com faca, roubada e levada para um terreno baldio onde foi estuprada, esganada até desmaiar e golpeada na cabeça até a morte.
O corpo foi escondido em um fosso, coberto com tijolos e concreto para dificultar a localização.
Câmeras de segurança registraram Rildo e a vítima indo até o local onde o corpo foi encontrado; ele permaneceu lá por 34 minutos.
Rildo foi preso ainda em setembro, enquanto acompanhava a investigação no local.
Como agia o criminoso
Rildo usava roupas de gari para circular sem chamar atenção. Trabalhou brevemente numa empresa de limpeza, mas não foi efetivado.
Ele também é investigado por três roubos e uma tentativa de latrocínio.
Homens também foram vítimas. Um deles disse que quase foi atacado por Rildo, que tentou invadir seu quarto armado com faca, mas desistiu ao perceber que ele estava preparado para se defender.
Outro homem escapou de um ataque; teve o pescoço cortado, mas conseguiu pedir ajuda. Seu carro foi roubado e incendiado, e objetos pessoais foram encontrados na casa de Rildo.
Apesar dos crimes, Rildo aparentava ser uma pessoa comum. Sua esposa relatou que nunca foi agredida, mas notou que ele caminhava nas ruas de madrugada e escondia diversas facas pela casa.

