O Tribunal do Júri de Sobradinho sentenciou André Gabriel Ribeiro da Silva a 26 anos, cinco meses e 10 dias de prisão em regime fechado, pela tentativa de homicídio qualificado contra duas pessoas. Os crimes aconteceram em setembro de 2024 e tiveram como vítimas o primo dele, um adolescente de 14 anos, e o tio do jovem.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), no dia 10 de setembro de 2024, em uma chácara na região de Sobradinho, André Gabriel agrediu seu primo com socos e chutes, causando traumatismo craniano e várias lesões graves. A morte foi evitada graças à intervenção de uma terceira pessoa.
A tentativa de homicídio contra o adolescente foi considerada com quatro agravantes: motivo desprezível, pois foi uma retaliação por não ter sido aceito pelo tio na noite anterior; uso de meios cruéis, devido à agressão severa; emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima; e o fato do crime ter ocorrido contra um menor de 14 anos.
Na mesma situação, ele também tentou matar seu tio, pai do adolescente. A vítima conseguiu se defender, e a ação da Polícia Militar impediu que o crime se consumasse.
O conselho de sentença aceitou todas as provas apresentadas pelo Ministério Público, reconhecendo a autoria e a materialidade dos crimes. Na decisão, o juiz presidente destacou a alta culpabilidade de André Gabriel, ressaltando que, após agredir o adolescente, ele trancou a mãe e o irmão da vítima dentro da casa, impedindo qualquer ajuda. A polícia só conseguiu entrar após arrombar a porta.
As consequências do crime foram consideradas muito graves, já que o adolescente ficou internado por mais de um mês, inclusive uma semana em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O juiz também considerou os antecedentes criminais do réu, incluindo uma condenação anterior definitiva. Um laudo psiquiátrico mostrou que André Gabriel possui traços de manipulação e dissimulação na sua personalidade.
André Gabriel estava preso durante o processo e, com a condenação, não poderá recorrer em liberdade, continuando preso no sistema penal.
