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segunda-feira, 10/11/2025




Homem condenado por tentativa de matar Trump em golfe

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Um júri federal declarou Ryan Wesley Routh, de 59 anos, culpado de tentar assassinar o então candidato à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, em setembro de 2024, em um atentado planejado no Trump International Golf Club, localizado em West Palm Beach, Flórida.

Routh foi condenado por tentativa de homicídio contra um candidato presidencial, porte ilegal de arma para promover crime violento, agressão a agente federal, posse de arma de fogo e munição, além de porte de arma com número de série apagado. A sentença será dada em 18 de dezembro, quando poderá receber prisão perpétua pelos crimes cometidos.

Durante o julgamento, iniciado em 8 de setembro em Fort Pierce, Flórida, Routh optou por se defender sozinho. Ele proferiu declarações extensas e incomuns envolvendo história, política internacional e seus planos pessoais, chegando a referir-se a si mesmo na terceira pessoa. O juiz precisou interromper sua fala várias vezes por tentativas de apresentar novas provas.

Logo após o veredicto ser anunciado, o réu tentou se ferir com uma caneta, mas foi rapidamente contido pelos agentes federais.

O atentado ocorreu em 15 de setembro de 2024, quando Trump jogava golfe próximo à sua residência em Mar-a-Lago. Um agente do Serviço Secreto percebeu Routh escondido atrás de uma cerca, apontando um rifle semiautomático com mira telescópica e carregador estendido em direção ao candidato. Ele estava acampado no local por cerca de 12 horas.

O agente abriu fogo, porém o acusado conseguiu escapar temporariamente. Foi capturado logo depois dentro de um carro nas redondezas, onde foram encontrados rifles, munições e bilhetes que comprovavam o intento de matar Trump.

O promotor John Shipley ressaltou a obsessão de Routh com o ataque e o quão próximo ele estava de concretizar o plano. “Ele tinha uma bala na câmara e a trava de segurança desligada”, afirmou. O diretor do FBI, Kash Patel, destacou a necessidade contínua de combater a violência política para tirar das ruas indivíduos com essas atitudes.

Este caso marcou a segunda tentativa de assassinato significativa contra Trump em 2024. Em julho, um atirador disparou durante um comício na Pensilvânia, causando duas mortes e vários feridos. A ação de Routh ocorreu apenas dois meses após aquele evento.

Trump se manifestou sobre a condenação, agradecendo as forças policiais e uma testemunha que colaborou para a prisão. “Este era um homem mau, com más intenções, e eles o capturaram. Um marco para a Justiça na América”, exaltou o ex-presidente em suas redes sociais.

Autoridades dos EUA afirmam que a condenação é uma mensagem firme contra qualquer forma de violência política. A procuradora-geral Pamela Bondi afirmou que a tentativa de assassinato não foi só um ataque contra Trump, mas um desafio à própria nação.

À época do atentado, o filho de Ryan Routh, Oruan Routh, disse que o pai é um homem amoroso e dedicado à família, além de uma pessoa honesta e trabalhadora.

Oruan relatou que o pai é um defensor apaixonado da causa da Ucrânia. “Ele esteve lá, vendo pessoas lutando e morrendo. Tentou garantir que a situação melhorasse, mas as coisas continuam difíceis. Enquanto isso, essa pessoa está atrás de sua mesa, sem fazer nada”, declarou.




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