Anthony Williams, um britânico de 32 anos, foi levado ao tribunal em Peterborough, no leste da Inglaterra, onde mora, e ficou em prisão temporária na manhã desta terça-feira, 4 de novembro.
Ele está sendo acusado de tentativa de homicídio com arma branca contra 10 pessoas, além de um ataque anterior no mesmo dia, em uma estação da linha automática Docklands Light Rail (DLR), no leste de Londres. Além disso, Williams é suspeito de ligação com outros três incidentes ocorridos no dia precedente.
O ataque aconteceu em um trem que saiu de Doncaster, no norte da Inglaterra, no sábado, 1º de novembro, com destino à estação King’s Cross, em Londres. Williams entrou no trem na estação de Peterborough. O maquinista precisou mudar a rota para que a polícia e equipes de resgate agissem na estação de Huntingdon, próxima a Cambridge.
Em apenas oito minutos após o alarme do trem ser disparado, o suspeito foi detido. Testemunhas contaram sobre o medo dentro do vagão, relatando sangue espalhado e pessoas gritando para alertar os demais que um homem estava atacando passageiros com uma faca.
Um funcionário do sistema ferroviário que tentou conter o agressor ficou gravemente ferido e foi considerado um herói pela ministra dos Transportes, Heidi Alexander. O colaborador permanece hospitalizado em estado grave. “Ele agiu com coragem e salvou vidas”, afirmou a ministra.
O subdelegado de polícia, Stuart Cundy, também reconheceu a bravura do trabalhador ferroviário, destacando que suas ações salvaram vidas conforme as imagens das câmeras de segurança.
Quatro das vítimas ainda estão internadas, com uma delas apresentando ferimentos no rosto.
O chefe da polícia de Transportes, John Loveless, declarou no domingo, 2 de novembro, que não há evidências que relacionem o caso ao terrorismo. A ministra dos Transportes não comentou sobre histórico psiquiátrico de Williams.
No sábado, um homem de 35 anos, de origem caribenha, foi preso, mas liberado após ser comprovado que não tem ligação com os ataques.
De acordo com o promotor Tracy Easton, a investigação conta com vasta quantidade de provas, incluindo vídeos, e a preocupação está com o bem-estar das vítimas.
Autoridades reforçaram a presença policial nas estações ferroviárias por vários dias e a ministra Heidi Alexander sinalizou revisões nas medidas de segurança vigentes.
O Reino Unido enfrenta aumento da violência com facas, principalmente na Inglaterra e no País de Gales, onde as leis de armas são rigorosas, com crescimento nesses crimes nos últimos 15 anos, segundo dados oficiais.
