A 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) rejeitou o recurso de Marcos César Pereira de Souza, 25 anos, mantendo a decisão que o levou a ser julgado por um júri popular pelo seu envolvimento na morte do boxeador e vigilante de boate Paulo Medrado, 33 anos. O crime ocorreu em um posto de gasolina no Lago Norte.
A sentença que determinou o julgamento do réu foi publicada em 30 de julho. Segundo o documento, acessado pelo Metrópoles, a defesa de Marcos solicitou a eliminação das acusações de homicídio qualificado e corrupção de menores contra ele.
No entanto, a desembargadora responsável considerou que existem provas suficientes da materialidade do crime e indícios mínimos da participação de Marcos. “Diante disso, conheço o recurso em sentido estrito e nego provimento, mantendo a sentença de pronúncia”, afirmou a magistrada.
O caso foi investigado pela 9ª Delegacia de Polícia do Lago Norte. Segundo as apurações, os criminosos estavam revoltados por terem sido expulsos à força de uma casa de shows em Planaltina, em fevereiro de 2024, depois de serem flagrados usando lança-perfume no local pelo boxeador.
Um dos envolvidos, menor de 17 anos, foi quem efetuou os disparos, foi apreendido em 19 de abril de 2024 e confessou o ato infracional análogo ao homicídio na Delegacia da Criança e do Adolescente. Marcos César Pereira de Souza, identificado como cúmplice, teria dirigido o veículo até o local do crime e, juntamente com o menor, saiu do carro às 5h durante uma festa de som automotivo perto do Posto Flamingo, no Lago Norte.
Paulo Roberto Ribeiro Medrado Júnior chegou ao local com dois amigos. Enquanto conversavam, um dos criminosos apareceu entre os carros estacionados e abriu fogo especificamente contra o segurança. Ele foi atingido por vários tiros e morreu instantaneamente.
Imagens das câmeras de segurança do posto mostram os assassinos chegando à emboscada. Um deles faz o sinal da cruz pouco antes do ataque. Nas imagens, um dos criminosos desce a pé do carro, enquanto o segundo, que dirigia um Fiat Pálio vinho/vermelho com adesivo no vidro traseiro, acompanha o comparsa. Eles caminham até Paulo Medrado; um usa chapéu, o outro veste casaco com capuz.
O homem de chapéu some da vista após efetuar os disparos fatais. Em seguida, a dupla foge do local rapidamente.