Alan Turing, matemático e cientista da computação britânico, é um dos maiores nomes na história da evolução dos computadores e da informática. Agora, 60 anos após seu suicídio, sua vida e trabalho, principalmente à frente da quebra da criptografia da máquina Enigma, usada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, virará filme, chamado “The Imitation Game”, que já tem até mesmo um trailer.
Turing será representado pelo ator britânico Benedict Cumberbatch, e a obra terá foco em seu trabalho, decisivo para a vitória dos Aliados no conflito, e sua contribuição para a história da informática. No entanto, o filme também mostrará os problemas pessoais enfrentados pelo cientista por ser homossexual.
No ano de 1952, Turing foi condenado a castração química pela sua orientação sexual, que teria influenciado em seu suicídio em 1954. Sua pena por “indecência” o tornou impotente e fez com que ele desenvolvesse seios, o que deve ter contribuído para que ele consumisse cianeto e se matasse em 1954.
Foi apenas em 2013 que ele recebeu um perdão póstumo da Rainha Elizabeth II, após longa campanha para limpar sua honra. Em 2009, um abaixo assinado fez com que o primeiro-ministro Gordon Brown publicasse um pedido público de desculpas pela perseguição terrível.
Contudo, uma nova petição em 2011 não teve resultados, já que o político Lord McNally afirmou que um perdão póstumo não era cabível, já que ele havia sido condenado por algo que realmente era um crime previsto na legislação da época. Em 2012, o parlamento estudou um projeto de lei perdoando Turing que chegou à segunda releitura, mas acabou sendo ultrapassado pela prerrogativa de perdão da rainha.
Fonte: Olhar Digital