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sexta-feira, 05/12/2025

História das bolas natalinas na decoração de árvores

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Parte essencial do encanto natalino, as bolas coloridas que adornam árvores têm raízes que remontam a tempos antigos, carregando consigo um simbolismo ligado à celebração ocorrida em 25 de dezembro.

Para compreendermos a origem e o significado desse enfeite na tradição do Natal, é preciso retornar ao século 8, quando as árvores eram vistas como um sinal de prosperidade por comunidades que enfrentavam o rigor do inverno, pois os pinheiros se mantinham verdes mesmo na estação fria.

São Bonifácio, um bispo germânico empenhado em expandir o Cristianismo na Alemanha daquela época, visitou uma região habitada pelos germânicos, que adoravam divindades da mitologia nórdica, como Thor, o deus do trovão associado ao carvalho.

Esses povos realizavam rituais em honra a Thor, incluindo sacrifícios realizados próximo a um carvalho majestoso. Para deter esses rituais e promover a fé cristã, Bonifácio confrontou a divindade pagã cortando a árvore sagrada, que ao cair, revelou um pequeno pinheiro intacto, simbolizando a vida eterna com seus ramos apontando para o céu, em direção a Deus.

Essa intervenção transformou a árvore em um símbolo cristão para o Natal, e desde então, passou a ser decorada com velas e ornamentos para celebrar o nascimento de São Bonifácio, conhecido como o Apóstolo da Alemanha.

Há estudiosos que apontam que a árvore de Natal possui origens nas tradições germânicas e nórdicas, podendo não ser uma adaptação direta do Cristianismo.

Bolas coloridas

Na tradição cristã, a árvore representa a vida e tem sido adornada com frutos, ornamentos e mensagens simbólicas, além de presentes. Após Bonifácio marcar a árvore como símbolo do Natal cristão, decorá-la com maçãs trouxe à tona a história bíblica de Adão e Eva, simbolizando o pecado original. Ainda assim, as frutas passaram a representar vida e redenção.

Os primeiros registros de enfeites para árvores datam do século 16, especialmente na região da Alsácia, onde eram usadas decorações feitas de papel colorido, frutas e doces.

Em 1847, um vidraceiro alemão chamado Hans Greiner reproduziu frutas e nozes em vidro para alegrar seus filhos, iniciativa que deu origem às bolas de Natal de vidro.

Alguns anos depois, na França, outro artesão criou bolas vermelhas para substituir as maçãs, que estavam em falta devido à seca. Esta bola vermelha ganhou destaque quando a rainha Vitória, da Inglaterra, expressou sua admiração por árvores decoradas com esses enfeites, popularizando-os no século 19.

As primeiras árvores decoradas com velas apareceram em 1730. Inicialmente, eram decoradas com rosas feitas de papel, maçãs, nozes e biscoitos, evoluindo para incluir luzes, bolas de vidro, estrelas, guirlandas, laços, anjos e outras figuras.

Na Alemanha, a tradição da árvore de Natal foi adotada em 1785 em Berlim.

Ao longo do tempo, a maçã foi substituída por bolas coloridas, que começaram a ser usadas em números simbólicos — 12 bolas para representar os apóstolos e 33 para remeter à idade de Jesus.

A bola vermelha foi revolucionária, incentivando a criação de ornamentos variados que passaram a fazer parte da decoração natalina. Um símbolo muito importante é a estrela, que representa a estrela de Belém, um sinal ligado ao nascimento de Jesus na tradição cristã.

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