As Brigadas al-Qassam, grupo armado do Hamas, anunciaram no domingo (28/9) que perderam comunicação com dois reféns, Matan Angrest e Omri Miran, durante os intensos bombardeios israelenses na Cidade de Gaza nas últimas 48 horas.
Em nota oficial, o grupo informou que pediu a Israel uma pausa nos ataques aéreos por 24 horas, iniciando às 18h, em uma área específica da Cidade de Gaza para salvar os reféns dessa região perigosa.
Desde terça-feira (16/9), Israel conduz uma operação militar terrestre na Cidade de Gaza, a maior da Faixa de Gaza, considerada por Benjamin Netanyahu como o último reduto do Hamas no território.
Ataques intensos
A operação fez milhares de moradores deixarem a Cidade de Gaza novamente, para onde muitos haviam retornado após terem fugido para o sul no início do conflito na região.
Anteriores a essa ofensiva, Israel impôs um cerco por cerca de um mês à cidade, com bombardeios diários e a destruição de inúmeros prédios. O governo de Netanyahu afirma que o Hamas usa esses prédios como bases militares.
O governo israelense declarou sua intenção de ocupar a cidade para acabar com o que chama de “última fortaleza” do Hamas. A Cidade de Gaza abriga cerca de 1 milhão de habitantes.
Na semana passada, Israel também realizou um ataque em Doha, no Catar, contra líderes do Hamas. O Catar é um dos países mediadores para um acordo de cessar-fogo. Esse ataque gerou uma crise regional e foi criticado por parte da comunidade internacional, incluindo a ONU.
Conflito de dois anos
O conflito entre Israel e Hamas teve início em outubro de 2023, quando o grupo militante matou mais de 1.200 pessoas no sul de Israel e sequestrou centenas. Desde então, a resposta israelense já causou a morte de mais de 63 mil palestinos em Gaza, principalmente civis, conforme dados do Ministério da Saúde local controlado pelo Hamas.