O Hamas divulgou uma mensagem nesta sexta-feira (17/10) agradecendo a todos os que colaboraram para o cessar-fogo e solicitando que os principais mediadores — Egito, Catar e Turquia — exerçam pressão sobre Israel para que os próximos passos do acordo sejam cumpridos.
Israel e Hamas finalmente chegaram a um cessar-fogo na Faixa de Gaza, com mediação dos países Egito, Catar, Turquia e especialmente dos Estados Unidos.
No texto, o grupo expressa gratidão aos mediadores pelo esforço contínuo nos últimos dois anos para alcançar um acordo que detenha o conflito contra o povo palestino.
Cessar-fogo
O cessar-fogo inclui um plano de paz guiado pelos Estados Unidos e, de forma destacada, por Donald Trump.
Este plano contempla 20 pontos para garantir a manutenção do cessar-fogo.
Atualmente, a primeira fase está em execução, enquanto a segunda fase ainda está em negociação.
A primeira etapa foca na libertação completa dos reféns israelenses e dos prisioneiros palestinos, estejam vivos ou mortos.
Contudo, Israel alega que o Hamas descumpriu o acordo por não fornecer todos os corpos de reféns israelenses falecidos. O grupo afirmou que enfrenta dificuldades para localizar os corpos entre os escombros e que há necessidade de equipamentos especializados para a remoção.
O grupo radical declarou que “cumpriu os termos acordados” e está comprometido em finalizar completamente essa etapa.
“Diante disso, convocamos todos a perseverar nos esforços junto ao povo palestino, incluindo os mediadores, para dar continuidade à execução dos termos restantes do acordo”, salientou o grupo.
O Hamas também destaca a urgência em permitir a entrada de ajuda em quantidade suficiente, fornecimento integral de suprimentos essenciais para a população de Gaza, a abertura do cruzamento de Rafah nas duas direções para circulação de pessoas, além da necessidade de iniciar rapidamente a reconstrução da região.
O presidente dos EUA, Donald Trump, já havia informado que a segunda fase do acordo está em andamento, embora não tenha oferecido detalhes adicionais.
O Hamas ressaltou ainda a importância da criação imediata de um Comitê de Apoio Comunitário, formado por integrantes independentes selecionados por consenso nacional, para que esse grupo possa iniciar a administração da Faixa de Gaza.