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domingo, 12/10/2025

Hamas mobiliza 7 mil para reassumir áreas deixadas por Israel

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Com o início da primeira fase do cessar-fogo com Israel, o grupo Hamas mobilizou 7 mil membros de suas forças para retomar o controle das áreas evacuadas. O objetivo é reassumir o domínio dessas regiões, com a mobilização começando no sábado (11/10) e que pode dificultar as futuras negociações do plano de paz.

Conforme divulgado por sites internacionais, o Hamas nomeou novos governadores para as regiões da Faixa de Gaza, avisando os membros por celular para se apresentarem em até 24 horas.

Nos dois lados, a expectativa pela libertação e troca de reféns marca o terceiro dia de cessar-fogo entre Israel e Hamas. O acordo prevê que o Hamas libere os reféns mantidos em Gaza, enquanto Israel deve transferir prisioneiros palestinos em troca até a manhã de segunda-feira (13/10).

Em Israel, a Praça dos Reféns, em Tel Aviv, recebeu centenas de pessoas esperançosas pelo reencontro. Dos 48 reféns detidos em Gaza, estima-se que pelo menos 20 ainda estejam vivos. A praça é conhecida por reunir familiares que pedem a libertação desde o início do conflito, iniciado há dois anos.

O acordo, proposto por Trump e negociado com a mediação do Egito, Catar e Turquia, inclui a libertação dos reféns em troca de presos palestinos e um recuo parcial das forças israelenses. Os detalhes logísticos sobre como será feita a soltura dos reféns ainda não foram divulgados.

Discursos e manifestações

No sábado (11/10), milhares de israelenses também se reuniram na Praça dos Reféns para celebrar o cessar-fogo entre Israel e Hamas. O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, foi ovacionado pela multidão. Ele discursou ao lado de Jared Kushner, ex-assessor e genro de Donald Trump, e de Ivanka Trump, filha do presidente dos EUA.

Durante o discurso do enviado especial, os participantes aplaudiram o nome de Trump e vaiaram as menções ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Fim do conflito e perspectivas

O fim da guerra entre Israel e Hamas foi anunciado na quinta-feira (9/10) pelo presidente dos EUA. A primeira fase do cessar-fogo prevê a libertação de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos após o retorno dos reféns do Hamas a Israel.

Após o cumprimento desta etapa, outras partes do plano de paz serão discutidas. Conforme a Defesa Civil de Gaza, somente na sexta-feira (10/10), cerca de 200 mil palestinos se deslocaram para o norte da região.

Embora o conflito, iniciado em 7 de outubro de 2023, tenha terminado, muitos palestinos ainda hesitam em retornar para suas casas destruídas pelos bombardeios. O mediador do cessar-fogo, Trump, anunciou que um dos acordos envolve a reconstrução de Gaza.

Reconhecimento a Trump

Manifestantes em Tel Aviv exibiram uma faixa pedindo que o presidente dos EUA receba o prêmio Nobel da Paz pela mediação que levou ao fim da guerra. Na mesma sexta-feira, o Comitê Norueguês do Nobel concedeu o prêmio à líder da oposição venezuelana, María Corina Machado.

Segundo Trump, a venezuelana o parabenizou e reconheceu o apoio dos EUA à oposição em seu país.

“Não pedi o prêmio, mas acho que ela poderia ter sugerido isso. Eles precisam de muita ajuda na Venezuela, que enfrenta uma crise profunda”, declarou durante coletiva no Salão Oval.

Trump destacou seu papel na negociação do cessar-fogo, classificando o acordo como um dos mais importantes já realizados em termos de paz.

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