O Hamas se pronunciou na terça-feira (28/10) após Israel reiniciar ataques na Faixa de Gaza, negando participação nos recentes incidentes e reafirmando seu compromisso com o cessar-fogo firmado em Sharm el-Sheikh, sob mediação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em nota, o movimento palestino condenou os bombardeios israelenses como uma séria quebra do acordo e afirmou que essas ações são uma continuação das ofensivas recentes que causaram mortes, feridos e o fechamento da passagem de Rafah.
“Este ataque terrorista é mais uma violação ocorrida nos últimos dias, incluindo ataques com vítimas fatais e o fechamento constante da passagem de Rafah, evidenciando a tentativa de sabotar o acordo”, declarou o grupo.
O porta-voz Mahmoud Bassal comunicou que os ataques atingiram áreas próximas a hospitais e zonas urbanas, como a Cidade de Gaza e Khan Younis, no sul do território.
Durante um dos bombardeios no bairro de Sabra, pelo menos duas pessoas perderam a vida e quatro ficaram feridas.
O Hamas solicitou que os mediadores do cessar-fogo pressionem Israel para cessar a escalada dos ataques e cumpram todas as cláusulas do acordo. “Israel precisa entender que estamos cumprindo o compromisso e deve parar com acusações infundadas”, afirmou Suhail al-Hindi, integrante do escritório político do grupo em Gaza, à Al Jazeera.
Embora os ataques tenham continuado, o grupo reafirmou que não está adiando a entrega dos corpos dos prisioneiros israelenses, citando os desafios para acessar áreas afetadas pelos bombardeios para realizar buscas.
Do lado israelense, o ministro da Defesa, Israel Katz, declarou que o Hamas enfrentará duras consequências por atacar soldados e violar o acordo de devolução de corpos, indicando a continuidade das operações na região.
Rompimento do cessar-fogo por Israel
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou na terça-feira a retomada imediata dos ataques na Faixa de Gaza, mesmo durante o período de cessar-fogo com o Hamas.
Segundo seu gabinete, a decisão foi tomada após avaliações de segurança no país.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram que o ministro da Defesa, Israel Katz, autorizou o levantamento das restrições de segurança nas comunidades próximas à Faixa de Gaza a partir desta terça-feira, após análise da situação vigente.
