Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou nesta terça-feira, 23, que não considera um erro alterar a meta de inflação do cálculo anual para um cálculo contínuo, mantendo o objetivo principal. A declaração foi feita em entrevista ao portal ICL Notícias.
De acordo com o ministro, essa decisão visa alinhar o Brasil com práticas adotadas internacionalmente, já que nenhum país utiliza meta de inflação baseada em calendário gregoriano.
O novo sistema, vigente desde janeiro, verifica o cumprimento da meta com base na inflação acumulada nos últimos 12 meses.
Se a inflação ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, entende-se que o Banco Central não atingiu a meta estabelecida.
A meta estipulada é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O ministro pode sugerir mudanças ao Conselho Monetário Nacional (CMN), porém qualquer alteração só entra em vigor após 36 meses.
Haddad avaliou que a decisão tomada foi a correta e que faria o mesmo novamente. Ele mencionou, sem detalhar, que as pessoas ainda compreenderão as dificuldades enfrentadas nas transições de governo e na condução do Banco Central.
O ministro destacou ter enfrentado crises frequentemente, muitas delas geradas artificialmente.
Apesar dos desafios e desmontes de gestões anteriores, o governo tem investido em infraestrutura, incluindo portos e aeroportos.
Conteúdo Estadão
