Fernando Haddad, ministro da Fazenda, expressou otimismo sobre o cenário das eleições presidenciais de 2026, considerando que será a disputa mais tranquila desde 2016. Ele declarou em entrevista ao UOL, em 27 de agosto, que espera uma eleição minimamente civilizada, apesar de não ser totalmente pacífica.
Segundo Haddad, mesmo com a polarização política, os indicadores econômicos e sociais do atual governo fornecerão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) bases sólidas para enfrentar a oposição nas discussões eleitorais.
O ministro ressaltou que dados oficiais são essenciais para contestar argumentos durante as eleições, visto que as disputas tendem a gerar muitas controvérsias.
Haddad também afirmou que, até o momento, o governo federal não iniciou debates sobre as eleições de 2026, que permanecem restritos ao Partido dos Trabalhadores. Sobre a estratégia da oposição de lançar múltiplos candidatos presidenciais, o ministro considerou que em uma eleição polarizada, as chances de segundo turno diminuem, e a dispersão de candidaturas pode ser uma tática para alcançar essa etapa.
Posicionamento sobre Tarcísio de Freitas
Questionado acerca da possível candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à Presidência, Haddad comentou que a elite brasileira não apoia Lula e busca alternativas eleitorais. Segundo ele, a elite demonstra resistência a pautas progressistas e tende a preferir candidatos que não enfoquem temas como desigualdade social.
O ministro destacou que Tarcísio teve uma chance significativa durante seu mandato como ministro do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, equivalente a quatro décadas de trabalho em quatro anos, mas que não aproveitou totalmente essa oportunidade. Haddad também opinou que, embora não acredite que Tarcísio adotará uma postura agressiva na campanha, ele espera que aliados próximos utilizem notícias falsas e outras estratégias para influenciar o pleito.