O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está acompanhando neste domingo, dia 6, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Cúpula de Líderes do Brics, realizada no Museu de Arte Moderna (MAM), no centro do Rio de Janeiro. Conforme a agenda oficial, Haddad integra a comitiva presidencial e permanece disponível para as atividades da cúpula ao longo do dia.
Nesta manhã, Lula encontra-se com os chefes de Estado dos países que compõem o bloco. Já estão presentes no MAM o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
À noite, às 20h, está marcada a recepção oficial oferecida pelo presidente e pela primeira-dama, Janja da Silva, aos chefes de Estado e representantes de organizações internacionais, também no MAM.
No ano anterior, durante a cúpula do G20 realizada no mesmo local, o presidente esteve acompanhado pela primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja. Naquela ocasião, a maioria dos convidados compareceu com seus cônjuges, uma mudança que teve influência da primeira-dama, que havia sido a única a acompanhar um chefe de Estado na cúpula da Índia no ano anterior.
Marina Silva destaca expectativas para financiamento climático
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o governo espera que até a COP30, programada para novembro em Belém (PA), o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) esteja funcionando. Ela ressaltou que o bloco do Brics dará grande atenção ao financiamento para o clima em suas discussões durante a cúpula.
Marina Silva e o presidente Lula expressaram críticas à ausência dos recursos prometidos pelas grandes economias mundiais para o setor ambiental. Segundo a ministra, um dos principais desafios é a implementação dos fundos necessários, destacando a insuficiência e irregularidade dos financiamentos até o momento.
Além disso, a transferência de tecnologia é vista como crucial para apoiar países em desenvolvimento em suas transições climáticas. Marina Silva alertou que as mudanças climáticas já afetam diversas regiões e países.
De acordo com a ministra, os recursos para financiamento climático podem vir de uma combinação de fundos públicos e privados. O Brasil propõe que, além dos recursos públicos, o Fundo Florestas Tropicais para Sempre conte também com investimentos privados. A expectativa é que o TFFF mobilize mais de 150 bilhões de dólares para ajudar cerca de 70 países com florestas tropicais, promovendo justiça climática.
O governo está trabalhando em outras iniciativas, como o fundo Clima Fundo Amazônia, visando alcançar o desmatamento zero. Sobre o papel do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco dos Brics, Marina Silva destacou a necessidade de redirecionar investimentos para agendas de combate às mudanças climáticas, tanto para reparar danos já causados quanto para reduzir emissões na origem.
A estratégia prioritária é direcionar fluxos financeiros com a quantidade, velocidade e constância adequadas para atender às exigências da crise climática atual.