Fernando Haddad, ministro da Fazenda, falou nesta terça-feira, 14, que mudar o foco da meta de inflação para além do ano-calendário permitiu que o Banco Central tivesse mais flexibilidade para ajustar os juros conforme necessário. Ele fez essa declaração em uma audiência pública sobre um projeto de lei que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Segundo Haddad, sair da meta anual deu ao Banco Central mais liberdade para usar sua autonomia e conhecimento para ajustar as taxas de juros. Ele explicou que um controle muito rígido poderia prejudicar a política fiscal do país.
Haddad ainda ressaltou que essa mudança no modelo não tira a autoridade do Banco Central na política monetária. Ele enfatizou que o governo não deseja que o Banco Central seja flexível demais com a inflação.
“Eu não quero que o Banco Central seja permissivo, mas que ele aja com cuidado, inteligência e sensatez, especialmente em um país com tantas necessidades”, disse o ministro.