O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que alguns participantes do mercado financeiro acreditam que já chegou o momento de reduzir as taxas de juros. Em entrevista à CNN Brasil, ele disse que o debate sobre o assunto deve ser tratado com seriedade e tranquilidade.
Fernando Haddad também destacou sua boa relação com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que foi seu secretário-executivo em 2023 e foi indicado por ele para um cargo no Banco Central.
Questionado sobre as críticas da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, a respeito da gestão de Galípolo, Haddad defendeu o presidente do Banco Central, dizendo que ele está realizando um bom trabalho, especialmente no combate a abusos dentro do Sistema Financeiro Nacional, problemas que ele herdou ao assumir.
O ministro explicou que as ações do Banco Central vão além do controle da taxa Selic. Em relação à regulamentação das fintechs, ele destacou que o Banco Central atua com cuidado para não impedir a concorrência, mas garantindo a segurança do sistema financeiro.
Fernando Haddad informou que passou a manhã reunido com a Federação Brasileira de Bancos para discutir diversos temas, nenhum relacionado à taxa Selic. Segundo ele, os bancos concordam que há espaço para a redução dos juros.
Haddad ressaltou que o governo Lula está alcançando avanços importantes, como a menor inflação acumulada, menor índice de desigualdade e menor taxa de desemprego da história, além do melhor resultado fiscal desde 2015. Ele também mencionou que a Bolsa de Valores está em alta, o dólar está estável, e há perspectivas para corte na taxa de juros, apesar dos desafios internacionais.
O ministro enfatizou ainda os recordes em investimentos em infraestrutura no Brasil, destacando o compromisso com o desenvolvimento do país.
Estadão Conteúdo
