O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou nesta quinta-feira (31/7) sobre a imposição de uma tarifa de 50% aos produtos brasileiros pelos Estados Unidos, medida anunciada pelo presidente Donald Trump. Haddad revelou que irá se encontrar com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, para debater o tema.
Ele afirmou que o Brasil irá buscar soluções tanto nas autoridades americanas quanto em organizações internacionais para que essa decisão possa ser revista, destacando que tais taxas não são benéficas a nenhum dos lados.
Fernando Haddad ressaltou que houve abertura para discutir o impacto da medida, que não só prejudica os trabalhadores brasileiros, mas também o consumidor americano, e que algumas observações feitas pelo Brasil foram ouvidas, embora ainda haja um longo caminho a percorrer para um acordo final.
Na prática, a tarifa de 50% anunciada por Donald Trump resulta da soma de uma cobrança inicial de 10%, implementada em abril, mais um adicional de 40% oficializado no final de julho. Contudo, cerca de 700 produtos, incluindo suco de laranja, aeronaves, castanhas, petróleo e minério de ferro, foram excluídos dessa taxa adicional. Esses itens continuarão apenas com a alíquota de 10%.
Espera-se que essas tarifas entrem em vigor no início de agosto, e Haddad reafirmou a disposição do governo brasileiro em negociar para evitar maiores prejuízos para ambos os países.