O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta quarta-feira, 13, que as ações que serão divulgadas hoje para ajudar as empresas atingidas pelo “tarifaço” irão diminuir o impacto inicial dessa medida. Ele garantiu que o governo continuará acompanhando o mercado, principalmente setores que ainda não estão no foco, mas que podem ser afetados por decisões internacionais, como os setores de algodão e soja.
Haddad explicou que alguns setores podem entrar no radar por causa da forte concorrência, citando como exemplo a exportação de soja e algodão pelos Estados Unidos, que estão pressionando outros países a comprarem seus produtos. Isso pode causar problemas no mercado interno brasileiro. Por isso, é importante ficar atento não só ao que acontece no Brasil, mas também no exterior.
O ministro destacou que os Estados Unidos têm pressionado a China para aumentar a compra da soja americana, o que pode impactar a economia brasileira, já que o Brasil é um grande exportador de soja, especialmente para a China.
Dentre as medidas do plano de contingência, ele mencionou que haverá maior flexibilidade para compras governamentais, permitindo que a União e os estados comprem produtos atingidos pelo tarifaço, mesmo que suas exportações diminuam.
Ele também ressaltou o funcionamento do Reintegra, programa que devolve parte dos impostos pagos nas exportações, ajudando a reduzir o custo dos produtos exportados e tornando-os mais competitivos internacionalmente.
Haddad comentou que essa medida perderá importância ao final de 2026, quando todos os exportadores estarão isentos de impostos.
Estadão Conteúdo