Fernando Haddad, ministro da Fazenda, disse que votaria para diminuir os juros no Banco Central se fosse um dos diretores do Copom. Ele explicou que os juros atuais, de 15%, são altos demais e não fazem sentido manter.
O Brasil tem uma das maiores taxas de juros reais do mundo, só atrás da Turquia. Nesta terça-feira, o Copom começou a reunião para decidir se mantém ou baixa a taxa Selic, e a expectativa é que ela fique estável em 15%.
Haddad falou que entende a preocupação com a inflação, mas que o cenário atual permite reduzir os juros. Ele ressaltou que a inflação é prejudicial para a população, mas há um ponto de equilíbrio onde o remédio pode virar veneno se exagerado.
Para o ministro, a queda da Selic é inevitável, mesmo com pressão dos bancos para mantê-la alta. A última reunião do Copom indicou que a taxa deve ficar alta por um período para ajudar a controlar a inflação, que tem previsão de terminar o ano perto da meta de 4,5%.
Haddad acredita que o Brasil pode começar 2026 com indicadores econômicos melhores e controlar a dívida sem pagar juros altos.

