O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que a taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, está alta demais para a situação econômica atual. Ele ressaltou que a decisão sobre os juros cabe ao Banco Central, e suas opiniões são apenas pessoais.
Haddad comentou que, se estivesse no Banco Central, também consideraria a taxa como muito elevada para as condições vigentes.
Ele mencionou um estudo do Fundo Monetário Internacional que aponta o Banco Central do Brasil como um dos mais rigorosos do mundo.
Sobre o presidente atual do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula, o ministro avaliou que ainda é cedo para julgar sua gestão, pois ela enfrenta desafios significativos desde o início.
No entanto, Haddad elogiou o ex-presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn (2016-2019), destacando que naquele período o BC foi mais aberto às ideias que ele apoia.
Ele negou que o ex-presidente do BC tenha sido ajudado pela política fiscal, já que o déficit fiscal manteve-se em cerca de 2% do PIB, mesmo com a aprovação da chamada “Tese do Século” pelo STF, que impactou as contas públicas. Segundo Haddad, Ilan conduziu bem essa situação.
Haddad também afirmou que a inflação está diminuindo e deve continuar caindo, com projeções indicando IPCA abaixo de 4% até o final de 2027. Ele reforçou que o presidente Lula compartilha a visão de que os juros estão excessivamente altos atualmente.