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terça-feira, 23/09/2025

Haddad comenta transição difícil no Banco Central e promete revelar detalhes

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ANA PAULA BRANCO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (23) que a última troca na presidência do Banco Central (BC) foi um momento complicado. Segundo ele, a substituição de Roberto Campos Neto por Gabriel Galípolo foi um processo cheio de dificuldades, e que todos os fatos completos só poderão ser conhecidos no futuro, quando os envolvidos puderem falar abertamente.

Haddad afirmou em entrevista ao ICL que existe a possibilidade de redução da taxa de juros, já que a inflação deve estar igual ou menor em comparação ao ano anterior, permanecendo dentro das metas estabelecidas.

Ele destacou que o governo passou dois anos tendo que conviver com um presidente do Banco Central indicado pela administração anterior, um momento que considera fora do comum.

O ministro falou também sobre o ambiente político polarizado que o país vive desde 2018 e disse que o que ocorreu entre abril e dezembro do ano passado ainda não foi analisado da forma correta.

Haddad explicou que a troca de comando aconteceu em meio a várias crises, muitas vezes criadas de forma artificial, que o governo tem que enfrentar toda semana.

O ministro reconheceu que Galípolo assumiu o cargo durante uma grande crise em dezembro e expressou confiança na nova direção do Banco Central.

MANIFESTAÇÕES CONTRA ANISTIA

Haddad defendeu a importância de punir quem tenta golpes, rompendo com a tradição de impunidade no Brasil. Ele ressaltou que a resposta deve acontecer logo no início da tentativa para impedir que o golpe aconteça.

“A história mostra que, quando não se pune, o golpista se reorganiza”, afirmou.

O ministro elogiou o Supremo Tribunal Federal (STF) pela coragem de levar a julgamento generais e políticos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro. “O país nunca enfrentou esse problema com essa coragem”, disse.

Haddad também pediu ao Congresso que reveja a proposta de anistia, afirmando que não deve haver tratamento diferente para cidadãos em questões judiciais.

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