O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou nesta terça-feira (16/12) que a proposta de empréstimo para ajudar os Correios já foi enviada ao Ministério da Fazenda e está sob análise do Tesouro Nacional.
Segundo o ministro, o valor do empréstimo pode alcançar aproximadamente R$ 12 bilhões. “Negociamos com um grupo de bancos interessados em financiar, seguindo as regras estabelecidas, sem ultrapassar o limite do teto”, declarou na saída do ministério, em Brasília.
Haddad ressaltou que, no momento, não está previsto um aporte direto da União, e que o empréstimo será realizado apenas se a taxa de juros não ultrapassar 120% do CDI, conforme o teto definido pelo Tesouro Nacional.
Contexto da situação dos Correios
A atual crise dos Correios decorre de um conjunto de desequilíbrios financeiros. Nos últimos anos, a empresa sofreu redução na receita em serviços tradicionais, aumento nos custos operacionais e dificuldades logísticas.
O aumento do comércio eletrônico trouxe algum alívio na demanda, mas não foi suficiente para equilibrar os desafios estruturais, a falta de investimentos necessários e a crescente concorrência do setor privado.
Agora, a estatal busca um plano de reestruturação eficaz para superar a crise. Recentemente, o Tesouro rejeitou um empréstimo com juros de 136% do CDI, por considerar a taxa muito alta. Por isso, a empresa está em busca de novas alternativas para garantir os recursos necessários para fechar suas contas.
Haddad já havia dito que as novas companhias de logística ficaram com as melhores partes do mercado, deixando a estatal apenas com as sobras no serviço de entregas no país.

