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sábado, 02/08/2025

Haddad afirma que prioridade do governo é negociar com Estados Unidos

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Fernando Haddad, ministro da Fazenda, garantiu que o Brasil sempre manteve diálogo e não abandonou as negociações com os Estados Unidos sobre as tarifas que o país norte-americano aplicará às importações brasileiras. O tema é considerado uma prioridade para a equipe econômica do governo.

As declarações foram feitas na noite desta sexta-feira (1º/8). Haddad destacou que o início da cobrança das tarifas não deve interromper as conversas entre os dois países. Ele também ressaltou a importância de esclarecer, em reuniões, o funcionamento do Judiciário brasileiro.

“Estamos trabalhando para restabelecer a mesa de negociação e realizar uma reunião presencial mais longa para tratar dos temas mais críticos relacionados às exportações brasileiras. Vamos lidar com o assunto com muita seriedade”, afirmou o ministro.

Fernando Haddad informou que está organizando um encontro com a equipe de Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, e que as negociações devem ocorrer na próxima semana, abordando diversos tópicos, inclusive a sanção da Lei Magnitsky. Até o momento, a decisão sobre as tarifas foi unilateral pelos americanos.

O ministro afirmou que o Brasil está em uma posição isolada em relação ao resto do mundo por motivos políticos, mas que entende que as relações comerciais não devem ser afetadas por avaliações políticas de qualquer tipo. “Tenho confiança de que a conversa com o secretário Bessent abrirá caminho para um possível encontro entre os dois presidentes, se for conveniente para ambos”, declarou.

Na sexta-feira (1º/8), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode contatá-lo a qualquer momento. Haddad respondeu que a recíproca também é verdadeira: “O presidente Lula estaria pronto para receber a ligação quando ele quiser”.

Donald Trump manifestou abertura para o contato de Lula, mas apontou críticas ao governo brasileiro, mencionando que os atuais gestores fizeram escolhas erradas. Desde o início da crise comercial entre os dois países, Lula e Trump não conversaram, mas o republicano ressaltou seu apreço pelo povo brasileiro.

Donald Trump assinou uma ordem executiva oficializando uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras para os Estados Unidos, formada pela soma de 10% anunciada em abril e 40% anunciada recentemente. No entanto, quase 700 produtos, como suco de laranja, aeronaves, castanhas, petróleo e minério de ferro, foram isentos da taxa extra, sendo afetados apenas pela tarifa inicial de 10%.

A implementação das tarifas está prevista para o início deste mês.

No dia 29/7, Luiz Inácio Lula da Silva recebeu jornalistas do The New York Times no Palácio da Alvorada, em Brasília, e comentou que não houve interesse por parte da Casa Branca em estabelecer diálogo.

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