A Great Wall Motors (GWM), fabricante chinesa de veículos, abriu sua primeira fábrica no Hemisfério Sul, localizada em Iracemápolis, São Paulo, no interior do estado. A inauguração ocorreu na sexta-feira, dia 15, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esta é a terceira fábrica da GWM fora da China, sendo as outras na Rússia e Tailândia.
A planta possui uma área total de 1,2 milhão de metros quadrados, com 94 mil metros quadrados construídos. Conta com equipamentos modernos como área de soldagem, linha de pintura automatizada, linha de montagem, sistemas integrados de energia e logística.
A fábrica emprega atualmente cerca de 600 trabalhadores e produz o SUV híbrido Haval H6, disponível em quatro versões; a picape média Poer P30 e o SUV de sete lugares Haval H9, ambos com motor turbodiesel.
Mais de 110 empresas brasileiras estão interessadas em fornecer componentes para a GWM, das quais 18 já participam da produção, incluindo nomes como Basf, Bosch, Dupont e Pirelli.
“O Brasil é um mercado importante para a GWM. Com esta fábrica, estamos criando empregos de qualidade e promovendo inovação e tecnologia para a América Latina”, afirmou o CEO global da GWM, Mu Feng.
A unidade tem capacidade para fabricar 50 mil veículos por ano e prevê gerar mil empregos diretos até o final deste ano.
Centro de pesquisa
Na cerimônia, foi anunciada a criação do primeiro Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da GWM na América do Sul. O centro terá mais de 60 técnicos e engenheiros focados no desenvolvimento de veículos adaptados às condições brasileiras, especialmente tecnologias flex.
O centro será construído ao lado da fábrica em um terreno de 15.000 m², com 4.000 m² de área construída.
Segundo Parker Shi, presidente da GWM Internacional, o centro terá laboratórios modernos para desenvolver sistemas híbridos, elétricos, combustíveis novos e inteligência artificial.
O investimento da GWM no Brasil será de R$ 10 bilhões em 10 anos. A primeira fase, que vai até 2026, inclui R$ 4 bilhões para o lançamento da marca e modernização da fábrica. A segunda fase, de 2027 a 2032, prevê mais R$ 6 bilhões em investimentos.