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quinta-feira, 18/09/2025

Guerra de Netanyahu em Gaza tem metas impossíveis e isola Israel

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Na quarta-feira, 17 de setembro, a mídia francesa analisou a nova ofensiva israelense na Faixa de Gaza, destacando o relatório de uma comissão independente da ONU que acusa Tel Aviv de genocídio. Essa visão começa a ganhar aceitação entre alguns intelectuais em Israel.

De acordo com o jornal Libération, ao anunciar uma fase decisiva da campanha denominada “Carruagens de Gideão II”, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afastou ainda mais Israel da comunidade internacional. A intensificação dos bombardeios piora a crise humanitária na região, especialmente após o reconhecimento da ONU, em 16 de setembro, de que um genocídio está em andamento.

Menos de uma semana após o ataque do grupo Hamas a Israel, ocorrido em 7 de outubro de 2023, o premiê israelense prometeu uma guerra capaz de transformar o Oriente Médio. Quase dois anos depois, Netanyahu está cumprindo sua promessa, bombardeando o Catar, ameaçando o Egito e rompendo alianças importantes para o seu país.

Discussão sobre genocídio

O jornal Le Monde examinou a percepção dos israelenses acerca da acusação de genocídio. Segundo o periódico, esse debate ocorre em Israel desde o fim de 2023, especialmente em grupos pró-palestinos, mas sempre foi rejeitado pela opinião pública majoritária. Atualmente, entretanto, uma minoria de intelectuais israelenses aceita o termo para descrever a ofensiva militar em Gaza.

Os meios de comunicação israelenses mantêm o foco no trauma do ataque de 7 de outubro, nos reféns detidos em Gaza e nos militares convocados. Na sociedade israelense, as acusações de genocídio provocam reações intensas, com estrangeiros sendo acusados de antissemitismo e israelenses, de traição ou cumplicidade com o Hamas.

Para o jornal Le Figaro, Netanyahu insiste em prosseguir com uma guerra cujos objetivos são inalcançáveis, o que tem causado indignação mundial e o risco de isolamento diplomático e boicotes. Essa situação é agravada pelas acusações de genocídio direcionadas a Israel.

Em decorrência do conflito, diversos países, incluindo a França, anunciaram seu comprometimento em reconhecer o Estado palestino na próxima Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

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