Guardas nacionais do Texas chegaram a Chicago na terça-feira à noite, 7 de outubro, em cumprimento a uma ordem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A ação foi justificada pelo presidente como uma medida para conter o aumento da criminalidade na cidade.
Nas redes sociais, Trump declarou que o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, e o governador de Illinois, JB Pritzker, deveriam ser responsabilizados penalmente por não apoiarem os agentes do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE).
Segundo o presidente, “o prefeito de Chicago deveria ser preso por não proteger os agentes da ICE, e o governador Pritzker também”.
No sábado anterior, Trump autorizou o envio de 300 soldados da Guarda Nacional para Chicago. Esta iniciativa faz parte de uma operação mais ampla para ampliar as deportações em várias cidades, incluindo Los Angeles e Washington, o que gerou forte oposição por parte das autoridades locais.
A juíza distrital April Perry suspendeu momentaneamente a decisão de Trump de enviar tropas para Portland, no Oregon, ressaltando o respeito à tradição de limitar a intervenção militar em assuntos civis nos Estados Unidos.
Em reação a esta mobilização, o governador de Illinois, JB Pritzker, informou ter recebido um ultimato do Departamento de Defesa para mobilizar suas tropas ou que suas tropas seriam mobilizadas por eles.
O procurador-geral de Illinois entrou com uma ação judicial para barrar o envio de tropas de outros estados, como o Texas, bem como o alistamento da Guarda Nacional do estado.
O prefeito Brandon Johnson também se manifestou contra a medida e firmou uma ordem executiva impedindo a atuação de agentes de imigração em propriedades municipais. Em retaliação, a Casa Branca acusou o prefeito de favorecer indivíduos envolvidos em atividades criminosas.
Trump reforçou que os agentes da imigração têm sido alvo de ataques violentos e afirmou que o reforço militar tem como objetivo principal reduzir o crime em Chicago.