A Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas (Autistas Brasil) divulgou uma nota oficial contra uma declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Trump afirmou, sem apresentar nenhuma pesquisa, que o uso de remédios com paracetamol pelas grávidas pode causar autismo nas crianças.
O vice-presidente da Autistas Brasil, Arthur Ataide Ferreira Garcia, destacou que não existe até agora nenhum estudo confiável que prove essa ligação entre o medicamento e o autismo.
Para Garcia, essa declaração de Donald Trump é uma tentativa de fazer parecer que o autismo é um problema que deve ser combatido, o que é uma visão prejudicial e discriminatória.
A Organização Mundial da Saúde e agências de saúde da União Europeia e do Reino Unido também negaram a afirmação feita por Trump.
Segundo o Ministério da Saúde, o transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição do desenvolvimento do cérebro que afeta a comunicação, interação social e comportamento, podendo incluir interesses e atividades específicas e repetitivas.
O Estatuto da Pessoa com Deficiência, pela Lei nº 13.146/2015, reconhece o autismo como uma deficiência. A Lei 12.764/2012 criou uma política nacional para proteger os direitos das pessoas com autismo.
Informações fornecidas pela Agência Brasil.