A ativista Greta Thunberg revelou às autoridades suecas que passou por um tratamento rigoroso sob custódia das forças de Israel, sendo mantida em uma cela infestada por percevejos.
Ela foi detida junto a outros membros de uma flotilha que transportava auxílio humanitário para a Faixa de Gaza. A Marinha de Israel interceptou os barcos que participavam dessa ação, em meio ao conflito com o grupo Hamas na região.
Segundo informações do jornal britânico The Guardian, que teve acesso a correspondência diplomática da Suécia, Greta relatou a um oficial europeu que enfrentou condições insalubres, incluindo a presença de percevejos na cela, além de falta de água e alimento adequados.
Além disso, outro prisioneiro afirmou que as forças israelenses fotografaram Greta segurando bandeiras, sem informar quais eram as bandeiras em questão.
O documento diplomático também menciona que a embaixada conseguiu contato com Greta. Ela teria informado sobre desidratação e o aparecimento de feridas que suspeita serem causadas pelos percevejos, descrevendo o tratamento como severo e mencionando longos períodos sentada em superfícies desconfortáveis.
No Brasil, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou a libertação da deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), que estava entre os ativistas detidos por Israel.
O Itamaraty manifestou-se em nota, condenando firmemente a interceptação e a detenção arbitrária das embarcações da Flotilha Global Sumud. O Ministério das Relações Exteriores enfatizou que a ação ocorreu em águas internacionais e classificou como ilegal a detenção de ativistas pacíficos, entre os quais estavam quinze brasileiros, incluindo a deputada Luizianne Lins.
O governo brasileiro fez um apelo para que o governo israelense liberte imediatamente os cidadãos brasileiros e demais defensores dos direitos humanos presos. Além disso, a embaixada brasileira em Tel Aviv já notificou oficialmente o Ministério das Relações Exteriores de Israel sobre sua discordância em relação às ações do governo daquele país.