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sábado, 23/11/2024
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Grã-Bretanha: Imigrantes devem melhorar seu nível de inglês ou serão deportados

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Com a nova medida, o governo britânico pretende impedir que mulheres muçulmanas fiquem confinadas em suas casas, sem contato com a sociedade

O primeiro-ministro britânico, David Cameron(Peter Nicholls/Reuters)
O primeiro-ministro britânico, David Cameron(Peter Nicholls/Reuters)

O governo britânico anunciou nesta segunda-feira que após dois anos e meio na Grã-Bretanha os imigrantes terão de provar uma melhora no seu nível de inglês, ou então poderão ser deportados. A medida será aplicada a partir de outubro deste ano para os imigrantes que chegam ao país com visto conjugal.

Em entrevista a rádio BBC, o primeiro-ministro David Cameron admitiu que a determinação poderia separar muitas famílias, mas explicou que o objetivo não é “punir as pessoas que não falam inglês”, mas impedir que homens muçulmanos mantenham suas mulheres confinadas dentro de casa, sem contato com a sociedade britânica. “Isso está acontecendo em nosso país e não é aceitável. Deveríamos ser muito orgulhosos dos nossos valores, nosso liberalismo, nossa tolerância”.

O governo estima que há 190.000 mulheres muçulmanas na Inglaterra que falam muito pouco ou nada de inglês. Atualmente, imigrantes que chegam a Grã-Bretanha com um visto conjugal, de validade de cinco anos, devem comprovar que se comunicam em um nível básico de inglês. Sob as novas determinações, o governo exigirá que elas reafirmem, após dois anos e meio no país, que seus conhecimentos da língua melhoraram.

O governo também anunciou a criação de um plano para oferecer aulas de inglês para as milhares de mulheres muçulmanas que vivem no país. Com o fundo de 20 milhões de libras (116 milhões de reais), Cameron confia que conseguirá combater a situação que deixa muitas dessas mulheres reféns da discriminação e do isolamento social. As aulas de inglês serão dadas em casas, escolas e centros comunitários, e as despesas de transporte para chegar a estes lugares e o cuidado com as crianças durante a ausência das mães serão custeados pelo governo.

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