Mário Heringer, deputado federal pelo PDT de Minas Gerais e membro da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a investigar fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), afirmou que seu partido adotará uma postura independente, sem alinhar-se nem contra o governo, nem protegendo-o. Ele destacou a expectativa de que o governo apresente esclarecimentos à CPMI, em entrevista à Rádio Câmara.
Ele ressaltou que as fraudes no INSS não são recentes e responsabilizou administrações governamentais desde 2019. Em relação à oposição que associa o início das irregularidades ao governo de Dilma Rousseff (2011), Mário Heringer comentou que não há problema em investigar desde 2011, desde que se descubram os responsáveis e eles sejam punidos.
A CPMI e suas atribuições
A comissão parlamentar, instaurada em 20 de março, é composta por 16 senadores, 16 deputados e seus respectivos suplentes, com um prazo de 180 dias para apurar as fraudes ocorridas no INSS.
O senador Carlos Viana foi designado presidente da CPMI, enquanto o deputado Alfredo Gaspar atuará como relator.
A comissão investigará os descontos indevidos feitos em benefícios do INSS por entidades que representam aposentados, um esquema descoberto pela Polícia Federal que teria começado em 2019. Estima-se que a fraude possa ter alcançado cerca de 6,4 bilhões de reais ao longo de seis anos, conforme apurado nas investigações.