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quinta-feira, 21/08/2025

Governos admite erro após derrota na CPMI do INSS

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O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), qualificou nesta quinta-feira (21/8) como um “erro grave” a falha na articulação para a escolha do presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Na quarta-feira (20/8), o Palácio do Planalto foi surpreendido pela eleição no Senado para o comando da CPMI. Esperava-se que o senador Omar Aziz (PSD-AM), indicado pelo presidente da casa, Davi Alcolumbre (União-AP), assumisse a presidência da comissão, com o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), indicado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), como relator.

No entanto, Aziz foi derrotado por 17 votos a 14 para o senador Carlos Viana (Podemos-MG), apoiado pela oposição, que indicou como relator o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), também da oposição. Ambos prometeram agir com imparcialidade na CPMI.

“Eu acredito que faltou articulação do governo. Ficamos desprevenidos. Mas isso não é o fim do mundo”, declarou José Guimarães a jornalistas após a reunião de líderes no Colégio da Câmara.

Guimarães lembrou que, em situações anteriores, como nas CPMIs do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e do 8 de Janeiro, o governo acompanhava as comissões de perto, 24 horas por dia, o que garantia resultados favoráveis.

Embora reconheça a falha da base governista, ele afirmou que a situação não é irreversível e acredita que a oposição poderá acabar cometendo um erro maior.

Randolfe Rodrigues falhou na articulação

Entre governistas, circula a avaliação reservada de que o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), não atuou com a devida atenção durante o processo de negociação, o que pode colocar seu cargo em risco.

Posteriormente, o próprio senador admitiu sua responsabilidade pela derrota, que resultou na eleição de dois membros da oposição para o comando da CPMI. Segundo ele, o governo subestimou a organização da direita, aliada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Randolfe comentou ainda que essa derrota faz parte de uma fase inicial e que o governo pretende trabalhar para garantir o compromisso e a colaboração dos membros da comissão.

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