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quinta-feira, 21/08/2025

Governo Trump critica Moraes após indiciamento de Bolsonaro: “Rei Louco”

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O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a fazer críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) serem indiciados por coação e tentativa de enfraquecer o Estado Democrático de Direito. Jason Miller, conselheiro de Trump, publicou na rede social X nesta quinta-feira (21/8) que Moraes estaria “destruindo” a democracia e o chamou de “Rei Louco”.

Alexandre de Moraes cometeu um erro grave. Agora o mundo verá que ele é um ditador de segunda categoria, querendo acabar com a democracia e prejudicar o povo brasileiro em busca de poder pessoal. Ele é realmente ‘O Rei Louco’”, afirmou Miller, marcando o STF e o ministro na publicação.

A Polícia Federal (PF) indiciou pai e filho na quarta-feira (20/8). Segundo a PF, as ações deles ultrapassaram o escopo da Ação Penal 2668, com intuito de atingir instituições como o STF e o Congresso Nacional, para submetê-las a interesses pessoais específicos dos réus da referida ação penal.

O aparelho celular apreendido de Jair Bolsonaro revelou áudios que indicam desentendimentos dentro da família Bolsonaro.

A Polícia Federal também interceptou áudios do ex-presidente com o líder evangélico Silas Malafaia.

Arquiteto da censura

Jason Miller e outras figuras políticas do governo Trump têm adotado medidas para impor sanções às autoridades brasileiras e conter o que descrevem como “opressão política” contra Bolsonaro. As ações ganharam força após a prisão domiciliar do ex-presidente.

“O ministro Moraes é o principal autor da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores. Suas claras violações de direitos humanos resultaram em sanções pela Lei Magnitsky, aplicadas pelo presidente Trump. Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras áreas foram alertados para não apoiar suas ações. Estamos acompanhando a situação de perto”, declarou recentemente o subsecretário de Diplomacia Pública dos Estados Unidos, Darren Beattie.

Ele ainda advertiu outros ministros do STF que há risco de sanções se apoiarem medidas de Moraes consideradas violadoras de direitos humanos pelo governo Trump.

Relatório encaminhado à PGR

O relatório da nova investigação da PF foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresenta denúncia ao STF ou arquiva o caso. Cabe ao Ministério Público avaliar se as provas são suficientes para formalizar a acusação contra o ex-presidente e seu filho.

Eduardo Bolsonaro respondeu às acusações em suas redes sociais, dizendo que o ministro do STF estaria criando uma “cortina de fumaça”.

“Minha atuação nos Estados Unidos nunca teve a intenção de interferir em processos no Brasil. É triste ver a Polícia Federal tratar como crime o vazamento de conversas privadas e normais entre pai, filho e aliados”, afirmou Eduardo.

Enquanto enfrenta julgamento e indiciamento, Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após decisão do ministro Alexandre de Moraes. A detenção ocorreu depois que o ex-presidente desrespeitou medidas cautelares impostas pelo magistrado.

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