O governo federal tem utilizado intensamente as cores verde e amarela nas redes sociais recentemente como um símbolo da soberania nacional. Um destaque é uma publicação sobre a camisa amarela, que remete à tradicional camisa da Seleção Brasileira e tem sido um símbolo associado à política de direita no Brasil nos últimos anos. A publicação evidencia o esforço para trazer de volta essa peça como um emblema nacionalista.
Em um vídeo animado, a camisa amarela é representada ganhando vida, começando a narrar que está saindo de uma gaveta, simbolizando seu retorno.
“Ai, nem acredito que estou livre daquela gaveta. Uau! Voltei, Brasil! Que saudade, meu povo! Que ano é hoje? Já é Copa?” diz a animação.
Posteriormente, o vídeo menciona que o Brasil sediará a Conferência das Partes (COP30) em novembro e convoca para as comemorações do Dia da Independência, em 7 de setembro.
“Não há jogo, mas o Brasil está em campo! Eu já sou a roupa certa para isso, né? Vou desfilar! Oba! Todo dia é dia de exaltar o Brasilzão e defender nossa soberania! Compartilhe essa mensagem com seus amigos, família, vizinhos e até dê um perfume, porque o cheiro de guardado estava forte!”, afirma a publicação.
Esta campanha surge em um momento em que os grupos políticos da esquerda e da direita se preparam para manifestações no Dia da Independência.
Os protestos da esquerda, liderados por suas lideranças, adotam o tema da soberania e destacam a resistência das instituições brasileiras diante das sanções impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A direita, por sua vez, busca defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está sendo julgado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por seu suposto envolvimento em uma tentativa golpista em 2022 para permanecer no poder.
Soberania reforçada
No Instagram, o governo federal mantém publicações com pessoas vestindo verde e amarelo, ressaltando a relevância da soberania do país.
“Celebrar a Independência do Brasil é lembrar que o nosso país é soberano”, diz uma das mensagens. A publicação também cita programas e instituições nacionais importantes, como o Pix, o Sistema Único de Saúde (SUS), e iniciativas sociais que contribuíram para que o país saísse do mapa da fome da ONU.