Após o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), comunicar aos líderes a intenção de colocar em pauta a tramitação acelerada do projeto que concede anistia aos envolvidos nos acontecimentos de 8 de Janeiro, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), declarou que o governo atuará para barrar essa iniciativa.
“O governo se posiciona contra a anistia. Além de ser uma medida imoral, ela fere a Constituição. O julgamento ainda não foi concluído, porém já existe pressão para acelerar a votação. Vamos nos manifestar contrariamente e trabalhar para impedir o avanço da urgência”, afirmou a ministra em entrevista ao Metrópoles.
Caso a urgência seja aprovada, a tramitação do projeto será rápida. Conforme apurado pelo Metrópoles, governo e oposição estão fazendo uma análise dos votos possíveis para prever os resultados no plenário.
Na tarde do dia 16 de setembro, Gleisi se encontrará com ministros do Centrão para estudar métodos que possam obstruir o progresso da anistia no Congresso Nacional. O governo espera que esses ministros mobilizem seus aliados para rejeitar a urgência da proposta.
Em 15 de setembro, Hugo Motta e Gleisi participaram de um almoço no Palácio da Alvorada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante esse encontro, o presidente reafirmou que o governo é contrário ao texto do projeto.