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sábado, 27/12/2025

Governo precisa de R$ 741,3 bilhões para financiar suas atividades em 2024, valor é 12,2% menor

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A necessidade líquida de financiamento do governo geral foi de R$ 741,3 bilhões em 2024, o que representa uma redução de 12,2% em comparação com o ano anterior. Estes números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em colaboração com a Secretaria do Tesouro Nacional e o Banco Central do Brasil.

Essa mudança resulta de um crescimento nominal de 12,7% nas receitas totais e de um aumento de 8,5% nas despesas em todos os níveis do governo.

Quanto às receitas, a arrecadação de impostos aumentou 16,3% em 2024, com todas as categorias mostrando crescimento. Destaca-se o aumento de 32,4% em impostos sobre comércio e transações internacionais, devido ao ajuste das alíquotas do Imposto de Importação, à variação cambial e ao valor das importações em dólar.

Os impostos sobre bens e serviços subiram 19%, influenciados pelo aumento da arrecadação da Cofins sobre combustíveis. Já os impostos sobre renda, lucros e ganhos de capital cresceram 13,3%, impulsionados pela legislação que passou a tributar fundos de investimento e pela atualização de bens no exterior.

Impostos sobre propriedade também tiveram alta de 8,8%, com destaque para o aumento do ITCD (19,1%) e do ITBI (17,7%). Impostos sobre folha de pagamento e mão de obra subiram 6,3%.

Outros componentes

Contribuições sociais cresceram 8,2%, outras receitas 4,4%, e dividendos tiveram um aumento de 38,7%. Por outro lado, transferências de capital caíram 98,9%, devido à arrecadação incomum em 2023 de recursos do PIS/Pasep.

Em relação às despesas, todas as áreas tiveram aumento. Benefícios previdenciários e assistenciais subiram 6%, com benefícios assistenciais para idade e invalidez crescendo 18,2%. Salários e vencimentos aumentaram 9,5%, e gastos com bens e serviços subiram 13,7%.

O IBGE ressaltou que o crescimento das despesas teria sido maior não fosse o pagamento de cerca de R$ 90 bilhões em precatórios em 2023.

Benefícios sociais cresceram 6,1%, benefícios de seguridade social em dinheiro aumentaram 4,9%, e outros benefícios de seguro social subiram 5,3%. Benefícios assistenciais em dinheiro cresceram 12,1%, impactados pelo Fundo de Incentivo à Permanência no Ensino Médio, que financia o programa federal Pé-de-Meia.

A Formação Bruta de Capital Fixo, que indica a capacidade de investimento do governo geral, atingiu R$ 257,1 bilhões em 2024, aumento de 19,1% sobre 2023.

A maior alta ocorreu na esfera municipal, com 26,8%. A União elevou seus gastos em bens de capital em 17,7%, e os estados reverteram queda anterior, crescendo 9,1%.

Em 2024, o valor adicionado pelo Governo Geral foi de R$ 1.574,4 bilhões, representando 13,4% do Produto Interno Bruto brasileiro, uma redução de 0,2 ponto percentual em relação a 2023. A participação federal caiu 1,6 ponto percentual (de 27,2% para 25,6%), enquanto a municipal aumentou a sua (de 36,6% para 38,2%), e a estadual permaneceu estável em 36,2%.

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