O governo federal anunciou um investimento de R$ 12 bilhões para atualizar o parque industrial do Brasil, focando na chamada indústria 4.0, que envolve a digitalização e o uso de inteligência artificial em máquinas e equipamentos.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também atua como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou que a depreciação de máquinas e equipamentos passará de 15 anos para apenas 2, incentivando assim a renovação industrial.
Mais competitividade
Esse montante será disponibilizado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que contribuirá com R$ 10 bilhões, e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com R$ 2 bilhões adicionais.
Alckmin destacou que a indústria havia pedido por crédito mais fácil para modernizar seus equipamentos, o que irá aumentar a produtividade, reduzir custos e melhorar a eficiência energética das empresas.
Ele explicou que o projeto já estava em planejamento desde o ano anterior e não está diretamente ligado às tarifas de 50% que os EUA aplicaram sobre produtos brasileiros.
“A indústria brasileira será mais competitiva, produzindo melhor e a preços menores para o mercado interno, além de conseguir expandir suas vendas ao exterior”, afirmou Alckmin.
Fomento à inovação
Aloísio Mercadante, presidente do BNDES, ressaltou que o programa representa um importante incentivo para o crescimento do país e o investimento em inovação.
“O crescimento econômico depende de investimentos, que por sua vez precisam de inovação. A indústria global está cada vez mais competitiva e inovadora”, comentou. Mercadante explicou que o setor de bens de capital, responsável pela venda de máquinas e equipamentos, será beneficiado.
Os recursos de R$ 12 bilhões terão juros de 7,5%, com prazos longos e período de carência, tornando a taxa muito competitiva mundialmente. Isso deve impulsionar investimentos, modernizar a indústria, aumentar a eficiência e melhorar as exportações brasileiras.
Novos mercados
Mercadante destacou que existem possibilidades de acordos comerciais com países como México, Canadá, Índia e Nigéria, ampliando as oportunidades para os produtos brasileiros.
Ele também frisou que o crédito não se limita apenas às empresas do programa Brasil Soberano, que sofreu com tarifas americanas, mas é destinado a toda a indústria visando a inovação 4.0 em maquinário.
“O foco inclui a digitalização e a inteligência artificial, que são exigências cada vez maiores nos processos produtivos. O programa apoia a aquisição das máquinas e equipamentos mais modernos do mundo”, concluiu Mercadante.