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segunda-feira, 20/10/2025

Governo lança plataforma e afirma não ter plano b para a cop-30

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O governo federal lançou recentemente a plataforma oficial de hospedagem para a COP-30, que ocorrerá de 10 a 21 de novembro, apesar das críticas internacionais e atrasos no lançamento. Houve momentos em que o sistema ficou sobrecarregado, com mais de 2 mil pessoas aguardando acesso. André Corrêa do Lago, embaixador e presidente da cúpula, garantiu que o evento acontecerá em Belém (PA), descartando qualquer plano alternativo.

A plataforma foi disponibilizada com cerca de 2.700 opções de acomodação, incluindo hotéis, casas e apartamentos particulares com valores variados. Casas de alto padrão podem custar até 8 mil dólares. Além disso, cabines em dois navios atracados próximos ao local do evento oferecerão até 6 mil leitos extras. Novas acomodações estão sendo adicionadas diariamente.

Preços elevados para hospedagem durante a conferência têm gerado incômodo entre países participantes, especialmente os menos favorecidos, que enfrentam diárias até 15 vezes superiores ao habitual. Reivindicações por tarifas mais acessíveis foram formalizadas por diversos países, e reuniões foram convocadas para buscar soluções.

André Corrêa do Lago reconhece que as dificuldades logísticas afetam as discussões e as negociações, mas reforça o compromisso de manter o evento na capital paraense. Ele assegura que o governo está buscando garantir o mínimo de quartos a preços acessíveis, embora reconheça que as opções mais baratas não tenham sido aceitas por algumas delegações.

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Pará (ABIH-Pa) contestou as críticas, afirmando que foi oficialmente solicitada a disponibilizar 500 apartamentos para delegações de países economicamente menos favorecidos, com custos subsidiados pela ONU.

O evento global reúne líderes mundiais, cientistas e organizações para debater ações contra as mudanças climáticas, com temas como redução de emissões, adaptação, financiamento climático, energias renováveis, preservação ambiental e justiça climática.

A crise atual foi motivada principalmente pelos preços elevados das acomodações em Belém. Foi necessário realizar reuniões de emergência nas Nações Unidas para discutir alternativas. Embora haja pressão de países para modificação do local do evento, ainda não há decisão quanto a isso.

Entre os signatários da carta que solicitam reconsideração da escolha de Belém estão representantes de 29 países e blocos como o Africa Group of Negotiators, além de nações como Áustria, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Malta, Noruega, Suécia e Suíça.

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