O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (22) que a Intel, empresa de semicondutores, concordou em ceder 10% de suas ações ao governo americano.
Trump relatou a jornalistas que, em uma reunião recente com o CEO da Intel, Lip-Bu Tan, sugeriu que o governo deveria receber uma parte da empresa.
Ele declarou: “Acho que seria bom ter os Estados Unidos como parceiro… eles concordaram com isso, e acredito que é um ótimo acordo para eles”.
Essa participação acionária está relacionada a subsídios que já haviam sido planejados pelo ex-presidente Joe Biden, explicou o secretário de Comércio, Howard Lutnick.
Esses subsídios fazem parte da Lei CHIPS, criada para incentivar a fabricação de chips e semicondutores nos EUA.
Trump tem buscado atrair empresas para os Estados Unidos impondo tarifas sobre importações.
De acordo com Lutnick, o governo pagará os subsídios prometidos e, em troca, receberá ações, mas sem direito a voto ou assento no conselho da Intel.
A Intel é uma empresa importante do Vale do Silício, mas tem concorrência forte de empresas asiáticas como TSMC e Samsung, líderes no mercado de semicondutores.
Recentemente, Trump criticou o CEO da Intel, Lip-Bu Tan, por suposto conflito de interesses, mas depois o recebeu na Casa Branca para uma reunião considerada “muito interessante”.
Além disso, o grupo japonês SoftBank anunciou a intenção de investir 2 bilhões de dólares na Intel, aumentando sua participação para 2%.