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sexta-feira, 21/11/2025




Governo dos EUA acaba tarifas e Lula ganha força; bolsonarismo enfrenta dificuldades

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O governo dos Estados Unidos anunciou a retirada das tarifas de 40% sobre produtos agrícolas brasileiros na mesma semana em que o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réu o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusado de tentar articular sanções americanas contra o Brasil desde março. Este cenário representa um êxito para a diplomacia do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pode ser um diferencial para uma possível campanha de reeleição em 2026.

Enquanto isso, o bolsonarismo passa por momentos difíceis. Seu principal líder, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, teve sua situação encaminhada para a fase de execução da pena, fazendo com que a prisão concreta seja iminente.

Os aliados do ex-presidente tinham esperança de que uma anistia ampla fosse aprovada no Congresso. Contudo, entre outros parlamentares, a tendência era pela redução das penas para os envolvidos na tentativa golpista. O texto, relatado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), parece ter sido deixado de lado diante das discussões atuais sobre o Projeto de Lei Antifacção.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), acredita que a análise só retornará após a prisão de Bolsonaro. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), chegou a indicar a retomada do debate, mas, considerando o desgaste popular e político, incluindo a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição da Blindagem, é improvável que o tema avance em ano pré-eleitoral.

Reações ao recuo dos Estados Unidos foram diversas. Eduardo Bolsonaro afirmou que a decisão do presidente americano Donald Trump não tem relação com a diplomacia do governo Lula, mas sim com a inflação nos EUA. Por outro lado, governistas aproveitaram para criticar Eduardo Bolsonaro, destacando os frutos da política externa responsável do governo atual que recuperou a credibilidade do Brasil no exterior.

O tarifaço anunciado em julho, que previa taxas de até 50%, foi uma medida reativa às ações judiciais contra o ex-presidente Bolsonaro e críticas ao governo brasileiro sobre liberdade de expressão e barreiras comerciais. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, classificou Jair Bolsonaro e seu filho como “traidores da pátria” e elogiou a postura diplomática do presidente Lula, afirmando que o diálogo sério e firme com Donald Trump resultou em uma vitória para o Brasil e uma derrota para aqueles que apoiaram sanções contra o país.




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