Revogação da medida foi assinada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), nesta terça-feira (21). Grupo foi instituído um dia após vandalismo na capital e prestava apoio administrativo durante intervenção federal.

O Governo do Distrito Federal (GDF) revogou, nesta terça-feira (21), o decreto que criou um gabinete de crise após os ataques terroristas às sedes dos três poderes da República, em 8 de janeiro. A medida foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF) e assinada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).
O departamento foi criado um dia após os atos antidemocráticos. A ideia do “Gabinete de Preservação de Mobilização Institucional” era de “promover a estabilidade” na capital e coordenar as atividades administrativas que não foram afetadas pela intervenção federal.
Além disso, uma das funções do gabinete era prestar apoio às medidas que fossem requisitadas pelo ex-interventor federal, Ricardo Cappelli. Como justificativa para extinguir o gabinete, o DODF cita:
- Fim da intervenção federal;
- Apresentação do relatório sobre os fatos ocorridos pelo ex-interventor;
- Trabalho exercido pelo gabinete.
Relatório intervenção
No dia 27 de janeiro, o ex-interventor federal divulgou um relatório sobre os atos golpistas na capital. Segundo o documento, ficou claro que houve “falha operacional” das forças de segurança durante os ataques.
O documento traz relatos sobre a invasão e depredação das sedes dos três poderes, ocorridas no dia 8 de janeiro, além de conclusões que podem auxiliar nas investigações. Segundo o relatório, não houve um planejamento operacional de policiamento para evitar a ação dos bolsonaristas radicais.
O relato das forças de segurança também aponta que o acampamento montado em frente ao QG do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília, durante meses, serviu como base para os atos antidemocráticos desde dezembro de 2022. Segundo Cappelli, o local se tornou uma “minicidade” golpista.
“Todos os eventos, o evento do dia 12 de dezembro, a tentativa de explosão de bomba e bloqueio do aeroporto. Todos os eventos passam de uma forma ou de outra pelo acampamento. Acampamento criminoso que perturbou a ordem publica do DF”, afirmou.