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segunda-feira, 06/10/2025

Governo da Venezuela alerta sobre possível ataque à embaixada dos EUA

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O governo da Venezuela informou nesta segunda-feira (6/10) que notificou autoridades dos Estados Unidos acerca de uma suposta ameaça envolvendo um atentado contra a embaixada norte-americana em Caracas. Segundo fontes oficiais, grupos extremistas associados à oposição venezuelana estariam planejando a colocação de explosivos na representação diplomática, cenário este alarmante em meio às tensões crescentes entre os países após o envio de navios de guerra dos EUA ao Caribe.

O presidente da Assembleia Nacional venezuelana e principal interlocutor do governo nas negociações com Washington, Jorge Rodríguez, declarou: “Informamos ao governo dos Estados Unidos sobre uma ameaça grave: setores extremistas da direita local planejam realizar uma operação de falsa bandeira, colocando explosivos na embaixada norte-americana em Caracas.”

É comum que o governo liderado por Nicolás Maduro aponte a oposição como responsável por conspirações, sejam elas reais ou fabricadas. Desde a ruptura das relações diplomáticas em 2019, a embaixada dos EUA na capital venezuelana permanece praticamente paralisada, contando com apenas alguns funcionários no local.

Jorge Rodríguez afirmou ainda que as medidas de segurança ao redor da missão diplomática foram intensificadas, ressaltando que a embaixada é respeitada e protegida pelo governo. Além disso, uma embaixada europeia foi alertada sobre os riscos para que pudesse informar o corpo diplomático americano.

Nos últimos dias, circularam rumores em redes sociais apontando que a líder opositora María Corina Machado, que está na clandestinidade desde as eleições presidenciais de julho de 2024, estaria abrigada dentro da embaixada dos EUA. Nem a própria opositora nem as autoridades venezuelanas ou americanas emitiram declarações oficiais sobre este assunto. A oposição reivindica a vitória nas eleições, alegando fraude na reeleição de Nicolás Maduro, o que não é reconhecido por Washington nem por grande parte da comunidade internacional.

Nesta sexta-feira, os Estados Unidos realizaram uma operação militar adicional no Caribe, visando o combate ao narcotráfico. Durante essa ação, um barco suspeito foi atingido, resultando na morte de quatro pessoas. No total, já foram registrados ao menos quatro ataques contra embarcações na região, com 21 mortes, como parte de uma ofensiva iniciada pelo governo de Donald Trump contra os cartéis de drogas.

Nicolás Maduro classificou as operações americanas como “agressão armada” e acusou Washington de usar o combate ao tráfico de drogas como justificativa para tentar promover uma mudança de governo e controlar as vastas reservas petrolíferas venezuelanas, consideradas entre as maiores do mundo. Na quinta-feira, o governo venezuelano também denunciou uma incursão ilegal de aviões de caça dos EUA no espaço aéreo sob controle venezuelano.

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