Um dos maiores enigmas do século XXI pode estar prestes a ser desvendado. O governo da Malásia reiniciou as buscas pelo voo MH370 da Malaysia Airlines, que desapareceu sem deixar vestígios em março de 2014. O sumiço da aeronave já inspirou filmes e documentários, e é alvo de inúmeras teorias conspiratórias.
O Ministério dos Transportes da Malásia confirmou que as operações de busca começaram novamente neste mês de dezembro. O governo contratou a empresa americana de robótica Ocean Infinity para realizar uma varredura no fundo do mar durante um período intercalado de 55 dias, iniciado em 30 de dezembro.
Segundo o comunicado oficial, as novas investigações irão focar em áreas consideradas com maior probabilidade de localizar os destroços da aeronave, embora os locais específicos não tenham sido revelados.
O Boeing 777 partiu da capital malaia, Kuala Lumpur, no dia 8 de março de 2014, com 227 passageiros e 12 tripulantes a bordo, com destino a Pequim, na China. Horas após a decolagem, o avião sumiu do radar e nunca chegou ao seu destino.
Dados de satélite indicam que o avião desviou da rota padrão, e acredita-se que tenha caído na parte sul do Oceano Índico. Nenhum problema foi comunicado pela tripulação durante o voo, e os sistemas da aeronave não alertaram para qualquer incidente.
Desde então, buscas foram realizadas em uma vasta área do oceano Índico, configurando a investigação mais custosa na história da aviação, com gastos superiores a 150 milhões de dólares. As buscas foram interrompidas em 2017, após três anos sem resultados concretos.
A Ocean Infinity havia feito uma busca independente em 2018, mas não encontrou nada relevante.
Em 2015, parte da asa do avião foi encontrada na Ilha da Reunião, território francês localizado a cerca de 7,5 mil quilômetros da costa da Malásia.
Conforme as apurações do governo malaio, acredita-se que o avião tenha permanecido em voo por horas após sumir do radar, até ficar sem combustível e cair.
As causas desse episódio ainda são desconhecidas. Uma hipótese importante investigada é a possibilidade de ataque terrorista. As autoridades descobriram que dois passageiros embarcaram com passaportes falsificados, pertencentes a outras pessoas. Os falsários são cidadãos iranianos.
No entanto, eles haviam adquirido bilhetes para destinos na Europa, diminuindo a probabilidade de ligação direta com o desaparecimento do voo.
Ao longo dos últimos dez anos, o governo da Malásia avaliou várias hipóteses, incluindo a tomada do controle da aeronave por terceiros, sabotagem e até a possibilidade do piloto ter deliberadamente causado a queda do avião.

