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quarta-feira, 08/10/2025

Governo cria grupo para combater crise do metanol

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Em Brasília

O governo federal vai formar um grupo especial junto com a população para lidar com os problemas causados por bebidas com metanol contaminado. O objetivo é organizar ações para punir quem adulterou as bebidas e proteger as empresas do setor que são importantes para a economia do país, conforme destacou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

O ministro anunciou essa iniciativa após reunião com autoridades e representantes do setor de bebidas no ministério.

“Concluímos que é importante montar um grupo para enfrentar a crise do metanol e trocar informações, buscando soluções rápidas entre o setor público e o privado”, afirmou Lewandowski.

Ele explicou que este grupo será informal e servirá para compartilhar boas práticas e divulgar as ações tomadas para resolver o problema.

Crise econômica

Lewandowski ressaltou que o problema com bebidas contaminadas pode ser considerado uma crise econômica, pois o setor é vital para a economia nacional, gerando empregos e impostos.

“Nossa prioridade é diferenciar quem atua dentro da lei, ajudando o progresso econômico, daqueles que adulteram bebidas e causam prejuízo, aplicando as penalidades necessárias, inclusive fechamento de estabelecimentos”, disse o ministro.

Dividir o certo do errado

O ministro destacou a importância de não paralisar o setor legal e destacou que o foco será atacar os comerciantes que adulteram as bebidas, protegendo os que trabalham legalmente e as indústrias que cumprem suas obrigações.

Participaram da reunião representantes da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP) e Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF).

Fiscalização em andamento

Paulo Pereira, secretário nacional do Consumidor, afirmou que dezenas de estabelecimentos já foram notificados e estão sendo investigados. Eles devem fornecer informações sobre as bebidas adquiridas e consumidas, além dos dados dos compradores e fornecedores.

“Até agora, identificamos e notificamos 15 estabelecimentos, com mais notificações em andamento, incluindo cerca de 25 distribuidoras e associações do setor”, informou o secretário.

Uso de inteligência

Muitos locais já foram fechados após fiscalizações locais, e agora o trabalho é focado em inteligência para entender padrões e identificar possíveis fornecedores criminosos de bebidas adulteradas.

Paulo Pereira destacou a importância da colaboração das distribuidoras e associações para identificar fornecedores legítimos e ilegais.

Além disso, ele trabalha com centros de pesquisa para encontrar soluções, incluindo testes rápidos para garantir a qualidade das bebidas.

Investigação das causas

Sobre o possível envolvimento de organizações criminosas, Lewandowski afirmou que todas as possibilidades estão sendo investigadas, mas ainda é cedo para tirar conclusões. A investigação inclui a origem do metanol, que pode ser vegetal ou fósseis.

Risco à saúde

A intoxicação por metanol é uma emergência médica grave. Quando consumido, o metanol se transforma em substâncias tóxicas que podem causar morte.

Os sintomas mais comuns incluem visão turva ou perda da visão e mal-estar geral como náuseas, vômitos, dores abdominais e suor excessivo.

Se surgirem esses sintomas, deve-se procurar imediatamente atendimento médico de emergência e contatar os serviços especializados, como o Disque-Intoxicação da Anvisa 0800 722 6001, CIATox da sua cidade, ou o Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI) pelos números disponíveis.

É fundamental identificar e orientar pessoas que possam ter consumido a mesma bebida, buscando atendimento médico rápido para evitar complicações graves ou morte. Essas informações foram fornecidas pela Agência Brasil.

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