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sábado, 23/11/2024
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Governo brasileiro rompe silêncio diz acompanhar com preocupação processo eleitoral na Venezuela

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Foto: DW / Deutsche Welle

Opositora de Maduro, Corina Yoris, não conseguiu se inscrever para disputar as eleições no país este ano

O governo brasileiro elevou o tom e manifestou preocupação com o processo eleitoral na Venezuela, criticando o impedimento de registro da candidata de oposição Corina Yoris, em nota divulgada pelo Itamaraty nesta terça-feira, 26.

“O governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país”, diz a nota do Ministério das Relações Exteriores.

“Com base nas informações disponíveis, observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitaria, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os acordos de Barbados”, acrescenta a nota da chancelaria brasileira.

O Itamaraty aponta, ainda, que não houve até o momento qualquer explicação oficial para o impedindo de registro de Yoris.

O Brasil é um dos fiadores do acordo de Barbados, negociado entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição, que estipula que candidatos sejam livremente eleitos pelas forças políticas do país, de acordo com procedimentos internos e a constituição venezuelana, bem como proporciona garantias para a realização das eleições neste ano.

Até agora, o governo brasileiro mantinha um otimismo no cumprimento das cláusulas por Maduro, inclusive com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendendo o processo eleitoral no país vizinho.

A nota, no entanto, ainda destaca que outros 11 candidatos de oposição puderam se inscrever no pleito e repudia possíveis novas sanções contra a Venezuela.

“O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo”, diz o texto.

O acordo de Barbados levantou sanções impostas pelos EUA ao país em troca de passos para realização de eleições livres no país. O não cumprimento pode levar o governo norte-americano a reinstalar as medidas restritivas.

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