Governadores alinhados à direita manifestaram-se nas redes sociais sobre a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no julgamento referente à trama golpista. Entre esses líderes estão aliados do ex-presidente e possíveis candidatos à Presidência em 2026, como Tarcísio de Freitas (Republicanos).
No dia 11 de setembro, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) sentenciou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por ter liderado um esquema golpista que buscava permanecer no poder após a derrota nas eleições de 2022. Além dele, outros sete aliados foram condenados.
O julgamento terminou com quatro votos pela condenação e um pela absolvição. Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram pela condenação, enquanto Luiz Fux votou pela absolvição.
As defesas dos condenados podem apresentar recursos, embora as possibilidades sejam limitadas e, em geral, não alterem a decisão final da Primeira Turma. Após o término do julgamento, será publicado o acórdão, que formaliza o resultado e os votos dos ministros.
Tarcísio de Freitas comentou que o desfecho do julgamento já era esperado, destacando que Bolsonaro e outros estão sendo submetidos a uma sentença injusta e desproporcional. Ele vem apoiando a votação do projeto de anistia, visando captar os votos do ex-presidente para a eleição de 2026.
Romeu Zema, governador de Minas Gerais, questionou o julgamento nas redes sociais ao indagar “Justiça ou Inquisição?”. Para ele, a condenação reforça a divisão do país, algo que a nação não necessita.
Cláudio Castro, líder no Rio de Janeiro, qualificou o dia da condenação como infeliz e destacou seu apoio total ao ex-presidente. Ele expressou solidariedade à família de Bolsonaro, ressaltando que o Brasil também está chorando pela situação.
Jorginho Mello, de Santa Catarina, compartilhou um vídeo comentando a posição do ministro Luiz Fux, destacando as inconsistências apontadas na condenação, como a alegação de incompetência de foro e cerceamento do direito de defesa.
Ronaldo Caiado, governador de Goiás, lamentou a decisão e defendeu que o julgamento deveria ter ocorrido no Pleno do STF para um debate mais amplo. Ele também pediu a anistia para todos os condenados em razão dos eventos de 8 de janeiro, como forma de promover a pacificação nacional.
Após o julgamento, o próximo passo será a emissão do acórdão, que oficializa os votos dos ministros e a decisão tomada. Este documento pode ser publicado em até 60 dias, mas há possibilidade de divulgação antecipada.